Fryer

Um artista multifacetado ou vários artistas dentro de uma única pessoa? O teresinense Fryer, nome artístico de Érico, é pintor, escritor, artista visual, compositor e músico. Não só envereda por diversas artes como domina tudo o que se propõe experimentar. Fryer é estudante do curso de Música na Universidade Federal do Piauí e já compôs a trilha sonora para os documentários “O Canto de Jader Damasceno” (2014) e “Ampulheta de Thiago Furtado” (2015). Participou de exposições pela cidade como na Roda de Poesia Tensão, Tesão & Criação, no Café Sobrenatural e na Tomato Gastronomia e Cultura, todas levando a sua série “Deformar para criar”. Além disso, como se não bastasse dominar a pintura, apresentou performances musicais pela UFPI com composições autorais.

“Arte é o que as pessoas criam e como elas conseguem se expressar.” Fryer

Nome Completo: Érico Ferry de Oliveira

Descrição: Pintor, escritor, artista visual e músico

Data de Nascimento: 19/03/1994

Local de Nascimento: Teresina-PI

Descobrindo-se artista

Desde criança Fryer era envolvido com as artes, participava de teatro escolar, gostava de pintar e modelar esculturas. Esse envolvimento não foi alimentado de imediato e sim na adolescência. O artista conta que começou a escrever poesias, contos e explorou o universo das letras sem, no entanto, se considerar um artista. Fazia mais por diversão e pelo impulso de expressar o que sentia. Seu amadurecimento foi acontecendo de forma gradual, mas desde as primeiras apresentações de teatro Fryer conta que já levava as atuações para o lado performático, ele percebeu que não tinha jeito, estava tão imerso nas artes e ali firmaria sua morada. Estudou com furor cada uma das artes que se propôs aprender e dominou tudo que experimentou, mas só veio voltar a pincelar seus quadros já adulto, pois passou dez anos sem conseguir se expressar nas artes plásticas. Enquanto isso ele se desenvolvia na questão performática e como instrumentista.

Do Jornalismo para a Música

A arte é uma mistura constante de inspiração e dedicação, doação e muita disciplina. Às vezes é preciso arriscar e assim fez Fryer se permitindo conhecer outra área de estudos. Ele cursava Jornalismo quando descobriu as salas de piano da UFPI, desde então começou a estudar sozinho as possibilidades que o piano permitia explorar. “Aquilo foi o pontapé para que eu largasse o curso de Jornalismo”, diz o artista. Depois de aprovado no curso de Música na UFPI, Fryer começou a estudar compulsoriamente e freneticamente, a sala de piano tornou-se o seu refúgio, o artista queria reproduzir as suas músicas preferidas. “Você tem que fazer o que gosta, lutar por isso e procurar conhecimento”, diz Fryer. Foi com essa mesma força de vontade e determinação que Fryer conseguiu dominar os instrumentos que se propôs aprender.

A performance musical

O universo performático acompanhou Fryer desde a infância e ele não esconde a atração pela forma de expressão mais excêntrica e provocadora. Sua arte estimula vários sentidos e se complementa com as outras formas de expressão do próprio artista. Fryer prefere as formas de expressão mais densas, complexas, por isso é possível mergulhar em suas obras e encontrar relação entre música, pintura e literatura. O artista relembra sobre o seu trajeto musical, dividiu sua carga horária entre estudos e trabalho, ampliando sua jornada de trabalho para a madrugada para poder investir em novos instrumentos musicais. Ele gosta do conceitual, de criar universos e costurar histórias dentro de suas obras e tem como tema inspirador a solidão na metrópole, pois mesmo dentro da multidão a solidão insiste em ser companhia. “A cidades podem te destruir por dentro”, diz o artista.

“A arte nasce de sentimentos, a inspiração é a emoção que é primordial para eu colocar aquilo em prática.” Fryer

Pintura e a deformação da imagem

Depois de aproximadamente dez anos em hiato nas artes plásticas, Fryer investiu na carreira musical, mas retornou para a pintura no final de 2015 e arriscou explorar a tinta a óleo que segundo o artista apresenta um grau de dificuldade grande. Explorou minuciosamente variações de cores e tipos de pincéis até conseguir dominar as ferramentas. Explorou também os desenhos em papel canson e gostou do resultado. Com o tempo foi materializando tudo que estava construído mentalmente e grande parte das suas inspirações para a pintura vem da ficção científica, por isso as estrelas são o assunto recorrente nas suas telas. “Eu gosto de obras que tem uma pegada obscura, gosto de fazer a deformação da imagem”, conta Fryer. O artista explica que gosta de brincar com as referências e por isso suas telas exigem um olhar mais atento, é preciso parar um momento e ler o que há por trás da arte. E não é difícil fazer esse exercício já que os desenhos do artista chamam a atenção, são fortes e sombrios. Ele gosta dos tons mais escuros, vermelhos, pasteis e das sobreposições das dualidades entre o claro e o escuro.

Referências artísticas

Tudo o que consumimos artisticamente nos transforma mesmo que de forma sutil. Esse repertório de experiências sensoriais nos ajudam a aprimorar o nosso olhar e a nossa sensibilidade. Não é por menos que Fryer insere nos palcos a performance, afinal com referências como David Bowie, Marilyn Manson, Queen Nine Inch Nails e Ney Matogrosso o resultado não poderia ser outro. Além disso, ele conta que se alimentou com os filmes de Tim Button, David Lynch e Kubrick. Apaixonou-se pela poesia de Alvares de Azevedo e Edgar Allan Poe, depois começou a enveredar para o mundo da poesia escrevendo os seus próprios poemas e suas composições. Fryer resgata algumas das referências da obra de Arthur C. Clarke e Phillip K. Dick de forma simbólica nas suas pinturas.

Amor pela arte

Fryer é o melhor exemplo de dedicação, pois em pouco tempo dominou técnicas que normalmente levariam meses e anos. Tudo que fez foi com muita garra e dedicação, mesmo quando não existia a técnica ele se empenhou para atingir resultados minimamente satisfatórios. Foi encontrando seu próprio caminho estético até fixar uma identidade artística. E conseguiu já que os seus trabalhos são inconfundíveis. Suas obras expressam os sentimentos à flor da pele, são pintados ou escritos com a tinta dos sentimentos que segundo o artista é a matéria-prima de qualquer arte. Pode não parecer, mas as obras de Fryer são interligadas, afinal ele não gosta de desmembrar as formas de se expressar segregando-as demais, todas dizem algo e comunicam. O artista mal voltou ao cenário artístico e já começa gradativamente a ocupar os espaços, seus trabalhos sempre estão nos surpreendendo.

Contatos

Facebook.com/Fryer

Instagram.com/fryer

https://www.youtube.com/channel/Fryer

Fotos

Vídeos

Exposições

Exposição e amostra de quatro quadros da série Deformar Para Criar na Tomato Gastronomia e Cultura (2017);

Exposição de três quadros da série Deformar Para Criar na Roda de Poesia Tensão, Tesão & Criação (2017);

Exposição de cinco quadros no Jardim das Crias em Exposição (2017);

Exposição de cinco quadros da série Deformar Para Criar no Café Sobrenatural, Parque da Cidadania (2017).

 

Última atualização: 10/09/2017

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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