O livro faz uma releitura das crenças que povoam o imaginário dos ribeirinhos, moradores da Vila Velha do Poti. Local que pincela o cenário de uma região esquecida durante muitos anos e abandonada por uma elite política que adotou um projeto higienista causando a apartação de classes sociais divergentes.
O isolamento geográfico entre a Vila Velha e a Vila Nova é exposto nas entrelinhas dos causos e lendas. Além disso, os mitos repassados de forma oral entre os ribeirinhos são utilizados como mote para refletir sobre a violência vivenciada pelos moradores.
“Chapada do Corisco” é costura um romance proibido que surpreenderá o leitor, a história retoma o problema da maldição que maculou uma Vila tingindo as águas calmas do Poti com o sangue sagrado.
Por que ler o livro?
O livro parte de uma pesquisa de campo que durou aproximadamente dois anos.
Nasceu da construção da personagem, quando o autor investigava a Lenda do Cabeça de Cuia como parte dos estudos do laboratório de criação para a montagem da peça teatral “Três”do grupo Épica Cia de Criação. O texto desenvolvido pelo dramaturgo e diretor Wanden Lima que fez uma releitura da peça de Gomes Campos “O pescador e o Rio”, gestou em Alisson Carvalho um desejo de investigar mais profundamente não somente a lenda supracitada, mas o conjunto de histórias que permeavam o imaginário dos ribeirinhos piauienses. .
Essa curiosidade se transformou nos primeiros rascunhos e surgia a obra Chapada do Corisco.
O livro é um apanhado de muitas das crenças dos piauienses e condensa também elementos importantes para a cultura dos ribeirinhos.
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