A dança dramática de Déborah Radassi

Transmitir, comunicar e provocar sem o uso da palavra é uma das características que mais encantam na dança. E foi por meio da dança que a bailarina e coreógrafa Déborah Radassi aprendeu a se comunicar. É formada em Comunicação Social pela Faculdade Santo Agostinho e pós-graduada em dança educacional pela CENSUPEG. A bailarina é formada pela Escola de Dança Lenir Argento e pela Escola de Balé de Teresina. Já experimentou um pouco de tudo nas artes, assim, sua experiência vai muito além da dança em si. Além de coreografar, Déborah já fez produção e assessoria de eventos. É produtora dos programas “Jornal do Piauí” e “Feito em Casa”, ambos da TV Cidade Verde, filiada do SBT. A artista já participou do curta “Dê uma Xanxa ao amor” (2009) e do filme “Flor de Abril” (2012). Na dança, foi bailarina de diversos espetáculos, como, por exemplo, “Poesia dos Sentimentos”, “Meu Brasil Brasileiro”, “O jardim de Flora, entre outros. Já participou de inúmeros festivais, como o festival de dança da Alemanha, onde percorreu algumas cidades se apresentando com o Balé de Teresina. Atualmente, Déborah Radassi ministra aulas de balé clássico e jazz no Teatro João Paulo II e é bailarina da escola de balé Helly Batista. O seu trabalho mais recente, que está em cartaz, é o solo contemporâneo autoral “A Rosa”.

“Eu só sou jornalista porque eu sou bailarina.” Déborah Radassi

Nome Completo: Déborah Jamara da Silva Sampaio

Descrição: bailarina, coreógrafa e jornalista

Data de Nascimento: 30/12/1985

Local de Nascimento: Teresina

Perfil escrito pela Geleia Total
Escrito por:
 Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley

Dançando sobre o carvão

Tem sonho que nunca morre, fortalece e, mesmo que sejam impossíveis acabam se realizando. Assim foi com a dança para Déborah Jamara, mais conhecida como Déborah Radassi. A bailarina deixou que a tinta da dança tingisse seu corpo e impregnada pela expressão artística apaixonou-se pela arte. Ela nasceu e cresceu na periferia da cidade de Teresina e a dança sempre acompanhou a sua trajetória, pois desde criança a menina gostava de se expressar dançando. Das lembranças de infância, Déborah rememora o dia que escalou uma fileira de carvão e dançou imaginando que as árvores do quintal da sua casa eram a plateia, lá pelos seus dez anos de idade. O resultado não seria outro, senão o corpo todo sujo de carvão com as brincadeiras de se tingir dançando, simulando a apresentação de programas de TV e fazendo os seus monólogos. A pequena aspirante a bailarina nem imaginava e nem projetava um futuro na dança. Posteriormente Déborah foi acompanhar uma colega em um teste para ser dançarina em um programa de TV. E no dia do teste o professor, Harlley Sousa, que estava selecionando as bailarinas chamou Déborah para participar do teste que, para a surpresa das duas meninas, resultou na aprovação da Déborah. Depois disso a bailarina começou a trabalhar dançando na TV, a experiência durou um ano e foi quando ela teve o seu primeiro contato com a dança como uma possibilidade de profissão.

A primeira sapatilha de balé 

Dançar foi mais que paixão, foi conquistar um espaço de fala. Desde criança Déborah Radassi enfrentou as barreiras. Mesmo na infância, quando as amigas organizavam as coreografias das Paquitas para apresentação no bairro a deixavam de lado, pois não tinha nenhuma bailarina negra no grupo das dançarinas do programa da Xuxa, só posteriormente, quando a bailarina Bombom se integrou ao programa Planeta Xuxa foi que Déborah exigiu o seu lugar na brincadeira. Anos depois, quando trabalhou dançando no programa de TV, o bailarino Harlley Sousa convidou Déborah para fazer aulas de balé na Escola de Balé Helly Batista como bolsista e a bailarina aceitou prontamente o convite. Apesar da distância, da condição financeira e dos obstáculos que se impuseram diante do sonho de dançar, Débora Radassi persistiu. E foi vestida com o maiô da irmã, que desfilava como miss, que Déborah foi para a sua primeira aula de balé. O choque e contraste que teve com uma realidade diferente da sua quase fez com que a bailarina desistisse de dançar, foi quando Helly Batista percebeu o desconcerto da menina e presenteou-a com a roupa e a sapatilha para que ela continuasse a dançar. “A Escola de Balé Helly Batista é o lugar que sempre me acolheu, foi aqui que eu comecei a dançar, com o professor Helly. Os valores da dança em si eu consegui tudo aqui.”

Da curiosidade ao ecletismo

Déborah Radassi experimentou a diversidade rítmica e corporal do mundo da dança, a curiosidade e sede por conhecimento fez da jovem bailarina uma pesquisadora da dança. Foi na Escola de Ballet Helly Batista que Déborah Radassi teve contato com as técnicas do balé clássico e experimentou outras modalidades da dança. Ela não se fixou a um único estilo. A escola deu a consciência corporal e os conhecimentos sobre dança, foi quando Déborah passou a entender a profundidade do estudo do corpo para se tornar uma bailarina, lapidando seus movimentos. A bailarina criou para si uma rotina de treinos intensa, fazendo aulas nos três horários para atingir a excelência que a dança exige. A leveza e precisão no palco é fruto de muito esforço e bastante treino. Foi nesse período que Déborah também começou a transmitir seus conhecimentos para outros alunos, dando aulas para os bailarinos mais jovens. “Um dos valores que aprendi é que você tem que ser quem você é. Se aceitando você será aceito em qualquer lugar. É isso, se aceite”, diz Déborah Radassi. A bailarina aprendeu a superar os estereótipos e mostrar o seu talento, dançando do clássico ao contemporâneo, sempre disposta a conhecer o novo, o desconhecido.

“A dança representa a pessoa que eu sou, ela sou eu.” Déborah Radassi

A dança em sincronia com o jornalismo

“Eu só sou jornalista porque eu sou bailarina.” Déborah Radassi. A dança foi o espaço de socialização no qual a bailarina vislumbrou outro horizonte. Sua trajetória está diretamente ligada à dança. Sua experiência com o balé clássico ajudou a construir todo arcabouço de técnicas importantes para a bailarina. Foi quando Déborah entrou no Balé Folclórico, dirigido pela bailarina Luzia Amélia e lá ela entrou em contato com outra expressão da dança, foi quando começou a apresentar também fora dos teatros. Os movimentos mais livres e a difusão visual e visceral próprios da dança permitiram à artista entender um outro universo e descontruir não só os movimentos, mas ideias cristalizadas. A experiência com a o Balé Folclorico, contribuindo na assessoria e comunicação, ajudou na a bailarina a escolhesse a Comunicação Social como área de formação. E o ingresso no curso abriu a possibilidade de Déborah Radassi mergulhar ainda mais na dança, pesquisando as afinidades e contribuições da dança para a Comunicação Social.

Nem o corpo é o limite

A bailarina não é só um corpo que recebe informações, mas que produz e cria a sua própria arte. “Hoje eu posso dizer que eu sou uma criadora, pois eu deixo o meu corpo fazer o que ele quer com o espetáculo a rosa”, diz Déborah Radassi. As pesquisas dentro da dança levaram a bailarina ao universo da performance. Foi a partir desse momento que a dança ganhou outro horizonte, foi também um dos períodos mais difíceis para a artista, pois foi quando ela descobriu que tinha hérnias e a enfermidade foi um dos principais fatores de ter afastado Déborah do Balé Folclórico. A pausa na profissão para buscar um tratamento fez com que a bailarina buscasse outros caminhos, alternativas para não deixar de dançar. Déborah não se rendeu com os diagnósticos negativos dos quatro primeiros médicos e no quinto médico consultado foi quando soube que poderia voltar a dançar aos poucos e com acompanhamento médico. Paralelamente, depois de formada em Comunicação Social, a bailarina começou a trabalhar como jornalista. “Quando eu voltei a dançar, voltei para a Escola de Ballet Helly Batista e voltei a fazer as mesmas coisas que eu fazia no início”, conta Déborah emocionada.

Exemplo de superação

A dança é mais que uma atividade, acabou se tornando parte essencial da vida de Déborah Radassi. A trajetória da artista demonstra o amor pelo ofício, foi por causa do desejo de nunca parar de dançar que Déborah permaneceu lutando e encontrando forças para ultrapassar os seus próprios limites. O ecletismo e capacidade de adaptação da bailarina foi um dos fatores que fez com que ela pesquisasse diferentes estilos, técnicas e formas de dançar. A sua evolução na dança acompanha diretamente todas as transformações da sua vida, Déborah dança com a alma, transmite o que ela é, joga no palco tudo que há em si. Dançar, para Déborah, é superar diariamente as limitações impostas pela sua saúde, é superar diversos obstáculos. A bailarina é inspiração não só para as novas gerações, mas para os artistas. Déborah Radassi nunca se limitou, foi buscar no desconhecido um espaço e descobriu ao longo do tempo que pode não só dançar, mas coreografar, interpretar, entrevistar e tantas outras experiências que fazem da artista um manancial de criatividade.
Contatos

instagram.com/debyradassi

facebook.com/deborah.radassi

Fotos

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Vídeo

 

Espetáculos como bailarina

“Poesia dos Senmentos” (2017);

“Meu Brasil Brasileiro” (2016);

“O jardim de Flora” (2015);

“ A outra rosa presa” (2008);

“Navus” (2002);

“Piauiês” (2002);

“A Dança do Calango” (2001).

Espetáculos como coreógrafa

“ Somos África” (2016);

“Sangue” (2009);

“Alimentação Saudável”;

“Mercado Central” (2006).

Direção de espetáculos

“ O Corsário” (2007);

“Dançando a história da dança” (2008);

“O Quebra Nozes” (2009);

“A Bela Adormecida” (2010);

“Juventude Esperta, Juventude Alerta”;

”Grandes Clássicos”;

“Paquita”.

Adaptações de espetáculos

“O Quebra Nozes” (2009);

“A Bela Adormecida” (2010);

“O Quebra Nozes”(2003);

“O Lago dos Cisnes”(2004);

“Dom Quixote” (2005);

“A Bela Adormecida”(2006).

Atuação no jornalismo

Editoria de cultura jornal do Piauí – tv cidade verde;

Agenda cultural radio cidade verde (2017/2018);

Repórter especial da tv cidade verde para programas de entretenimento e jornalísco;

Repórter do Corso de Teresina – tv cidade verde (2016/2018);

Produtora do programa Jornal do Piaui – tv cidade verde (2015/2018);

Produtora do programa Feito em Casa – tv cidade verde (2014/1018);

Repórter de rede do programa Nordeste Mais – SBT (2013/ 2014);

Repórter eleições 2014 – tv cidade verde (2013/2014);

Produtora dos programas especiais da tv cidade verde (2013/2018);

Produtora do programa Cidade Viva – tv cidade verde (2013/2015);

Repórter da semana cienfica Faculdade CEUT (2012);

Encontro Nacional de assessores de comunicação do pardo políco democratas em BSB (2012);

Assessora de comunicação pardo democratas (2012);

Repórter e apresentadora da campanha de Wellington Dias a prefeitura de Teresina (2012);

Produtora de elenco para vt’s e comerciais DV produção (2011/2012);

Produtora do espetáculo “O rouxinol e a Rosa” Colévo Piaui estúdio das artes (2012);

Ministrou o workshop “ Markeng pessoal para candidatas a vereadoras de Teresina” Pardo DEM (2012);

Produtora “Negocio é negocio” SEBRAE- BSB (2011);

Organizadora e apresentadora do “Espaço Dança” SALIPI (2006/2010);

Apresentadora do palco “Minuto para Dança” feira do empreendedor- SEBRAE (2010);

Assessora de comunicação do projeto “Jogo Coreográfico” (2008);

Assessora de comunicação do projeto “um minuto para a dança” (2006/2010);

Assessora de comunicação do projeto “Vem Dançar”- FUNDAC/ (2005);

Apresentadora e produtora do programa Cultura On Line – canal 8, (2008/2009);

Repórter Tv Ecorural / 2009. · Fotografa e colunista do portal Noturnos (2007/2010).

Outras fontes

https://cidadeverde.com/noticias/254140/bailarina-deborah-radassi-estreia-espetaculo-de-danca-a-rosa

https://cidadeverde.com/noticias/262582/deborah-radassi-faz-retrospectiva-do-que-aconteceu-no-cenario-cultural-em-2017

Última atualização: 22/10/2018

 

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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