Além Daquela Serra, por Adriano Abreu

Os amigos do Teatro do Ceará avançaram, exponencialmente, nos últimos anos em organização e consciência política, paralelamente, evoluíram muito técnica-conceitual e esteticamente seus trabalhos nas últimas décadas.
Possuem, além de algumas graduações em teatro, um mestrado em artes cênicas.
Todos os anos, o teatro do Ceará, circula pelo Brasil com no mínimo 5 grupos, como também, no estado vizinho, realizam-se inúmeros festivais de teatro que atraem grupos e artistas do mundo todo.
Muitos atores e atrizes cearenses ficaram conhecides nacionalmente através dos seus espetáculos, em virtude disso, realizam outros projetos no cinema e na TV, sem a necessidade de saírem dos seus coletivos e migrarem para o sudeste do país.
Neste próximo final de semana, os companheiros cearenses, organizam o Encontro dos Grupos de Teatro do Nordeste.
Essa representatividade é fruto de muita abnegação e visão de futuro.
Enquanto isso, no Piauí, a maioria dos grupos e artistas da cena, limitam-se a trabalhar de graça em eventos financiados com dinheiro público, falarem mal dos colegas nos bares da vida, enquanto sonham, diuturnamente, com o sucesso sem produzirem praticamente nada.
Sucesso? Como? Na Batalha do Jenipapo ou com alguma Paixão de Cristo? Cultuando uma estética setentista? Realizando uma política de “quem for podre que se quebre”?
Além daquela Serra os homens e mulheres de teatro aprenderam que sonhar é importante, mas construir o sonho é essencial.

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