A 7ª edição do Trisca – Festival de Arte com Crianças celebra a mistura de vozes, gestos, tempos e afetos. Afinal, como lembram os organizadores, “misturar é estar vivo” — e nisso, as crianças são especialistas. Nesta edição, o festival convida o público a viver o que chama de “relação misturada”, um ponto de encontro entre forças diferentes que se encantam, coexistem e criam continuidade.

A programação acontece em duas cidades: Teresina, de14 a 18 de novembro, e Parnaíba, de 29 de novembro a 2 de dezembro, com atividades voltadas para crianças, jovens e adultos. O festival reúne espetáculos, bate-papos e ações formativas pensadas especialmente para o público infantil.
Segundo Layane Holanda, curadora do festival,o Festival Trisca tem se consolidado como uma das principais iniciativas voltadas à arte com crianças no Piauí, cumprindo um papel essencial na formação cultural e artística das infâncias. Para a entrevistada, o festival cria uma programação voltada a crianças e jovens que vai além dos espaços tradicionais da escola ou das políticas públicas de educação e assistência, oferecendo vivências culturais e artísticas que valorizam as raízes, os saberes e as expressões locais.

“O Trisca busca aproximar as crianças de práticas e tradições culturais — como o artesanato, a música, a dança, o Bumba Meu Boi e as matrizes afro-brasileiras — estimulando o contato direto com artistas e com a diversidade de fazeres. A proposta é enxergar a infância como uma etapa viva e contínua da existência humana, um período que revela desejos, curiosidades e modos de estar no mundo que devem ser respeitados e escutados”, afirma Layane.
Segundo ela, o festival tem o propósito de misturar gerações e experiências, valorizando a intergeracionalidade e o encontro entre diferentes tempos de vida — da infância à velhice — como forma de fortalecer os laços comunitários e poéticos. Criado por duas artistas piauienses, o Trisca também é um espaço de criação e experimentação artística, onde curadoria e pesquisa se tornam práticas de arte coletiva.
Mais do que um evento, o festival se propõe a criar contextos de convivência, descanso e encantamento, onde as pessoas possam viver experiências significativas, reconhecer o direito ao lazer, à arte e à natureza. Em cada edição, o Trisca fortalece sua missão de fazer da arte um instrumento de transformação e de construção de uma infância mais sensível, criativa e conectada à sua cultura.

O Festival Trisca tem ampliado o conceito de acessibilidade e inclusão ao tratá-los não apenas como recursos técnicos, mas como uma postura e prática coletiva dentro de toda a sua estrutura. Layane explica que o festival busca garantir não só o acesso do público diverso às atividades, mas também a participação ativa de pessoas com deficiência, neurodivergentes e atípicas na construção, execução e curadoria do evento.
“A coordenação de acessibilidade é feita pela artista Unita Galhardo, uma mulher autista que traz sua própria vivência para repensar a inclusão de forma mais sensível e ampla. O Trisca mantém uma equipe diversa e Inter geracional, que inclui crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência intelectual, promovendo uma convivência real entre diferentes corpos e modos de ser”, diz a curadora.

Entre as ações práticas, o festival desenvolve a Monitoria Ímpar, em parceria com a Associação Pestalozzi, que envolve jovens e adultos com deficiência em funções como recepção, apoio de bastidores, concepção de identidade visual e comunicação acessível. Também realiza visitas táteis, audiodescrição, sinalização adaptada e ajustes de horários, pensando em públicos com diferentes necessidades — como idosos ou pessoas que dependem do transporte público.

De acordo com a curadora, o Trisca promove uma “acessibilidade atitudinal”, que vai além das cotas ou recursos formais, buscando transformar comportamentos e ampliar a participação de todos na arte. O reconhecimento desse trabalho tem ultrapassado fronteiras: o festival foi escolhido pelo Sesc Nacional como referência em práticas de acessibilidade e inclusão, e prepara uma edição no Centro Cultural Banco do Brasil(CCBB), no Rio de Janeiro, com patrocínio da Petrobras — um marco para um projeto que nasceu no Piauí e hoje é visto como referência nacional na articulação entre arte, infância e inclusão.

Em Teresina, as ações se espalham por diversos espaços — Sesc Cajuína, Parque da Cidadania, Teatro Barítono Raimundo Pereira (Jacinta Andrade) e Escola Municipal 15 de Outubro. Para a diretora e curadora do festival,Layane Holanda, o propósito é “levar o Trisca a diferentes espaços da cidade, ao tempo em que pensamos, existimos e somos guiados pelas crianças, um festival de arte vai além do entretenimento: é uma políticapública essencial, capaz de criar experiências que nem a escola, nem as famílias ou instituições costumam proporcionar.”

Ela ainda destaca que o Trisca oferece uma programação contínua e acessível, pensada especialmente para o público infantil, mas que alcança também jovens, mães, educadores e artistas. O evento busca ser um espaço de encontro e inclusão, refletindo sobre a cidade e a diversidade de corpos — crianças, pessoas neurodivergentes, mães com bebês, pessoas com deficiência — e criando vivências onde todos possam participar de forma plena.
Segundo ela, o festival é também uma forma de resgatar a infância, cada vez mais encurtada pela adultização precoce e pelo excesso de telas, estimulando o convívio com a cidade, a natureza e outras crianças. O Trisca se constrói ouvindo os desejos e necessidades das próprias crianças e jovens, que participam da curadoria e inspiram atividades ligadas ao território e à identidade local — como as ações realizadas com comunidades de Parnaíba em torno do mar e do Delta.

Ao longo das edições, o Trisca vem sendo atravessado pelo impacto das pessoas artistas, das crianças, dos territórios e das comunidades. Em Parnaíba, o festival reafirma esse movimento de encontros com uma nova programação de experiências e descobertas em locais como a UFDPAR, Museu do Mar, Oficina Esperanza, Escola de Aplicação Vinícius Reis Veloso, Ponto de Cultura Raízes do Nordeste, Orla da Pedra do Sal, Teatro Saraiva, Espaço Cultural Boi Novo Fazendinhae Pracinha da Igreja de Santa Isabel.
A curadora e diretora Soraya Portela destaca que o Trisca é, antes de tudo, um espaço de convivência: “O Trisca oferece uma programação contínua e acessível, pensada especialmente para o público infantil, mas que alcança também jovens, mães, educadores e artistas. O evento busca ser um espaço de encontro e inclusão, refletindo sobre a cidade e a diversidade de corpos — crianças, pessoas neurodivergentes, mães com bebês, pessoas com deficiência — e criando vivências onde todos possam participar de forma plena”, afirma.
Gratuito e aberto a todos os públicos, o evento tem foco especial na participação de crianças e pessoas idosas, e também convidaeducadores, artistas e profissionais da saúde e da cultura. O Trisca é um festival inclusivo, com sessões adaptadas e ambientes acessíveis, reafirmando seu convite a celebrar, misturar, brincar e viver odireito à imaginação.

ABERTURA TRISCA – ESPETÁCULO TRAVESSADA (Weyla Carvalho) + BATE PAPO “FALA NA LATA COM CRIANÇAS CURADORAS DO TRISCA”
Data: 14 de Novembro (sexta-feira)
Horário: 15h
Local: Sesc Cajuína
Classificação: A partir dos 6 anos
(com Libras)
VISITA TÁTIL – CAP E ACEPI
Data: 15 de Novembro (sábado)
Horário: 16:30
Local: Sesc Cajuína
A MENINA DOS OLHOS D’AGUA”- RS (Coletivo Gompa) + BATE PAPO “FALA NA LATA” COM CURADORAS DO TRISCA
Data: 15 de Novembro (sábado)
Horário: 17h
Local: Sesc Cajuína
Classificação: A partir dos 6 anos
(com áudio descrição + Libras)
ENCONTRO TRISCA PARA CONVIDADOS
Data: 16 de Novembro (domingo)
Horário: 10h
Local: Sesc Cajuína
AÇÃO CIDADE DE BARRO (Mestra Dona Mocinha) + BUBBLE DANCE (Cleyde Silvia)- pi
Dia: 16 de Novembro (domingo)
Horário: 17h
Local: Parque da Cidadania
Classificação: A partir dos 6 anos
(com áudio descrição + Libras)
MANÉ BONECO – SP (Zumb Boys)
Dia: 16 de Novembro (domingo)
Horário: 19h
Local: Parque da Cidadania
Classificação: A partir dos 4 anos
(com áudio descrição + Libras)
BOI DOMINADOR DO SERTÃO-PI
Data: 16 de Novembro (domingo)
Horário: 20h
Local: Rua do Bairro Vila São Francisco- zona norte
Classificação Livre
A MENINA DOS OLHOS D’AGUA”- RS (Coletivo Gompa) + BATE PAPO “FALA NA LATA” COM CRIANÇAS CURADORAS TRISCA
Data: 17 de Novembro (segunda-feira)
Horário: 9h
Local: Teatro Barítono Raimundo Pereira – Jacinta Andrade
Classificação: A partir dos 6 anos
MENINAS CASA ZABELÊ – PI
Data: 17 de Novembro (segunda-feira)
Horário: 15h
Local: Esc. Mun. Ambiental 15 de Outubro
Classificação: A partir dos 4 anos
MANÉ BONECO – SP (Zumb Boys) + BATE PAPO “FALA NA LATA” COM CURADORAS DO TRISCA
Data: 17 de Novembro (segunda-feira)
Horário: 15:30
Local: Esc. Mun. Ambiental 15 de Outubro
Classificação: A partir dos 4 anos
ENCONTRO ARTISTAS PIAUÍ P/ CONVIDADOS
Data: 17 de Novembro (segunda-feira)
Horário: 19h
Local: Sesc Cajuína
FONFONIA – PI (Samuel Alvís)
Data: 18 de Novembro (terça-feira)
Horário: 9h
Local: Teatro Barítono Raimundo Pereira – Jacinta Andrade
Classificação: A partir dos 4 anos
ESPETÁCULO TRAVESSADA – PI (Weyla Carvalho)
Data: 18 de Novembro (terça-feira)
Horário: 15h
Local: Teatro Barítono Raimundo Pereira – Jacinta Andrade
Classificação: A partir dos 6 anos
RECEITA PARA UM TEATRO INFANTIL + BRENDA CAMPOS – MG (insensata Cia. De teatro)
Data: 17 de Novembro (segunda-feira)
Horário: 19h
Local: Sesc Cajuína
Classificação: A partir dos 8 anos
(com Libras)

PARNAIBA – 29 e 30 de novembro, 1 e 2 de dezembro
🎭 SEXTA-FEIRA – 28 de novembro
📍 Escola de Aplicação Ministro Reis Veloso (confirmado)
- 9h30 – Ação dos artistas do “Cabeça de Toco” em escola – Arado Cultural – MS
📍 Oficina Esperanza
- 15h – Ação dos artistas do “Cabeça de Toco” em escola – Arado Cultural – MS
🌞 SÁBADO – 29 de novembro
📍 Praia Pedra do Sal
- 8h às 10h – Acontecimento Cabeça de Toco
Intercâmbio intergeracional crianças e convidados, com artistas do MS
🎟️ Classificação: Livre – A PARTIR DOS 6 ANOS
📍 Caminhada do Museu do Mar até a sede do Grupo Raízes
- 16h30 às 18h30 – Percursos Poéticos PHB – Drika Monteiro (PI) & Dançadeiras do Rio Vazante – Raízes do Nordeste – Fabiana Reis (PI)
🎟️ Classificação: Livre – A PARTIR DOS 6 ANOS
COM LIBRAS 🎯
🌞 DOMINGO – 30 de novembro
📍 Caminhada do Museu do Mar até a sede do Grupo Raízes
- 16h30 às 18h30 – Percursos Poéticos PHB – Drika Monteiro (PI) & Dançadeiras do Rio Vazante – Raízes do Nordeste – Fabiana Reis (PI)
🎟️ Classificação: Livre – A PARTIR DOS 6 ANOS
COM LIBRAS 🎯
🎭 SEGUNDA-FEIRA – 01 de dezembro
📍 Auditório UFDPAR (confirmado Escola de Aplicação Ministro Reis Veloso)
- 8h30 às 11h – FÓRUM “FALA NA LATA”
🎟️ Classificação: A PARTIR DOS 8 ANOS
📍 Teatro Saraiva
- 15h – Apresentação Boi Novo Fazendinha (PI)
🎟️ Classificação: Livre – A PARTIR DOS 6 ANOS
COM LIBRAS 🎯 - 19h – Espetáculo Cabeça de Toco Aqui tudo é mato (MS)
🎟️ Classificação: A PARTIR DOS 14 ANOS
20h – (após o espetáculo) Bate-papo “Fala na Lata”
🎟️ Ação de mediação
COM LIBRAS 🎯
🎭 TERÇA-FEIRA – 02 de dezembro
📍 Auditório
- 8h30 às 11h – FÓRUM “FALA NA LATA”
🎟️ Classificação: A PARTIR DOS 8 ANOS
📍 Museu do Mar (máximo 40 lugares)
- 15h – Itans -Histórias Ancestrais de Isaías Cardoso (PI)
🎟️ Classificação: Livre – A PARTIR DOS 6 ANOS
COM LIBRAS 🎯
📍 Terreiro do Boi Novo Fazendinha
- 19h – Encontro Banda Caju Pinga Fogo & Boi novo Fazendinha (PI)
🎟️ Classificação: Livre – A PARTIR DOS 8 ANOS