No sábado (15), ocorreu, em Brasília, o Primeiro Encontro Nacional dos Comunicadores Populares da Cultura, uma iniciativa do Laboratório de Cultura Digital da UFPR, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), com a participação de autoridades, universidades, movimentos sociais e agentes territoriais de cultura.

O evento marcou o lançamento da Rede Comunica Cultura, um novo mecanismo de comunicação cultural com foco na interação entre os fomentadores culturais de variadas regiões e diferentes esferas da sociedade, agregando visões plurais na construção de políticas culturais diversas e transformadas.
O Piauí esteve representado pelos Agentes Territoriais de Cultura Adriana Márcia (Parnaíba), Jeremias Santos (Oeiras), Ném Rodrigues (Paulistana), Noé Filho (Teresina) e Paulim Beltrão Marathaoã (Barras). Atuantes como comunicadores populares e produtores culturais em seus contextos locais, eles contribuíram para evidenciar a força, a pluralidade e a vitalidade da cultura piauiense, fortalecendo a atuação em rede e dialogando com comunicadores populares de todas as regiões do país.
“A importância de fazermos parte da Rede Comunica Cultura nos torna fortes e em conexão com a cultura de nosso Estado e com todos os territórios regionais. É a cultura em rede comunicando a diversidade do povo brasileiro”, reforça a Agente Territorial de Cultura da região imediata de Parnaíba Adriana Márcia.

“Estamos aqui com uma tarefa que é científica, política e profundamente humana, que é a de reconstruir os vínculos entre o poder público e a sociedade civil, para que a comunicação cumpra a sua função de promover o bem comum”, comenta a coordenadora do Laboratório de Cultura Digital da Universidade Federal do Paraná, Professora Tarcisa Bega, durante a mesa de abertura do encontro, intitulada “O Brasil que Comunica”.
“Esse encontro inaugura um ciclo. A partir das práticas do Propulsão Comunica, que é um dos produtos do Laboratório de Cultura Digital, damos início a uma experiência nacional que coloca a comunicação colaborativa no centro das políticas públicas de cultura”, completa.

A conversa inicial também contou com a participação de Maja Gabriel, agente territorial de cultura em São José dos Campos, no interior de São Paulo. “Vivemos em um momento estratégico de construção da sociedade, em que a cultura e a comunicação são temas centrais para essa construção. Quem é esse Brasil que comunica? Precisamos ter o reconhecimento desses Brasis que comunicam, dessa pluralidade que compõe o povo brasileiro em diferentes territórios”, explica.
A Rede Comunica Cultura dá apoio à disseminação de informação da importância do Programa Nacional dos Comitês de Cultura, um programa criado na gestão atual do Governo do Brasil pela necessidade de territorializar as políticas culturais. “O PNCC é uma iniciativa que surgiu do entendimento da cultura a partir da base comunitária territorial. Os Comitês Regionais de Cultura preparam os indivíduos para participar do Sistema Nacional de Cultura em sua plenitude e essa atuação com a Rede é fundamental, porque ela parte do sentido de sociedade, do que ela precisa e seus direitos”, disse Desireé Tozzi, diretora de Articulação Federativa do Programa Nacional dos Comitês de Cultura.

A mesa “O Brasil que Comunica” também contou com a diretora de planejamento da SECOM – Secretaria de Comunicação Social, Patrícia de Almeida e Almeida. “A soberania de um país também é representada pela sua cultura. Queremos que todo Brasil se reconheça e consiga ter voz e possibilidade de se encontrar. Quanto mais vozes, mais territórios e mais expressões culturais, mais conseguimos fazer por todos”.
Já Gabriella Gualberto, Chefe da Assessoria Especial de Comunicação Social, ressaltou a importância do Encontro Nacional dos Comunicadores Populares de Cultura e da implantação da Rede Comunica Cultura.
“A Rede dá oportunidade de chegar onde a comunicação institucional não chega. O trabalho dos agentes territoriais é de extrema importância, até porque ninguém ensina esse conhecimento do território, só sabe quem nasce lá. Vivemos em um país com uma ampla extensão, em que cada lugar tem sua peculiaridade, seu próprio jeito. A rede contribui para dar foco para diferentes vozes para o mesmo projeto”, comenta.
A Rede Comunica Cultura é um projeto experimental do Laboratório de Cultura Digital, que conta com a participação de agentes culturais de várias regiões brasileiras e busca contribuir com o debate público sobre a cultura com visões diversas. Para mais informações, ver: labculturadigital.redelivre.org.br.
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*Esse material foi elaborado no âmbito da cobertura compartilhada Rede Comunica Cultura, projeto experimental do Laboratório de Cultura Digital, sediado na UFPR, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), que conta com a participação de Agentes Territoriais de Cultura do Programa Nacional dos Comitês de Cultura (PNCC) e busca contribuir com o debate público sobre a cultura com visões diversas. Para mais informações, ver: labculturadigital.redelivre.org.br.