O poeta e agente cultural Gabriel Alves de Souza lança o livreto “Meu Estado em Cordel: Piauí, Terra Querida” durante o VIII Simpósio de Gestão Ambiental do Piauí (SIMGEAPI), em evento cultural realizado no Auditório Chapada das Mangabeiras. A obra apresenta um retrato poético e educativo do estado, unindo geografia, história, cultura e identidade piauiense em versos rimados que percorrem o território “de norte a sul”.
Natural de Corrente, no extremo sul do Piauí, Gabriel é poeta, cordelista, palestrante, cronista, colunista, professor efetivo, pesquisador e ativista cultural. Licenciado em Pedagogia e Geografia, o autor também cursa Gestão Ambiental no IFPI e especializações em Estudos Geoambientais e Educação Digital. Reconhecido por seu trabalho sociocultural, é Embaixador do movimento Juventude Lixo Zero Brasil, Líder Embaixador do Mapa Educação e Agente Territorial de Cultura pelo Ministério da Cultura. 
Gabriel tem publicações em revistas, jornais, coletâneas e antologias em todo o país, além de iniciativas próprias, como a Biblioteca Comunitária Alegria no Saber e o curso Escrita Nota Mil – Premium. Também integra a Academia Mundial de Letras da Humanidade, ocupando a cadeira nº 10.
O livreto “Meu Estado em Cordel: Piauí, Terra Querida” busca preencher uma lacuna na literatura de cordel ao retratar, com sensibilidade e precisão, os elementos naturais, sociais e culturais que compõem o Piauí. A narrativa percorre paisagens emblemáticas — da Serra da Capivara ao Delta do Parnaíba —, festejos populares, patrimônios materiais e imateriais, além de temas contemporâneos como energia limpa e educação.
A obra também se destaca pelo potencial pedagógico. Segundo a professora Andreia Borges Lustosa, que avaliou o material, “tem toda a diversidade cultural do Piauí, o patrimônio material e imaterial… daria uma ótima sequência didática envolvendo vários componentes curriculares”.
Gabriel explica que o livro nasce de sua atuação como Agente Territorial de Cultura:
“Esse livreto de cordel faz parte da minha ação fomentada de articulação como agente territorial de cultura do Piauí. Quis trazer características geográficas, culturais e históricas do estado num processo de criação festivo e educativo.”
Ele afirma que o cordel atravessa todo o território piauiense e valoriza suas múltiplas identidades:“Meu cordel fala de norte a sul do estado, trazendo suas belezas e marcas. Escrevi tudo em um único dia: são 36 estrofes que já foram distribuídas impressas para diversas pessoas.”
O autor destaca ainda a importância da distribuição da obra em eventos nacionais:
“Estive no encontro do Programa Nacional de Comitês de Cultura, em Brasília, e entreguei o cordel para a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, e para outros agentes territoriais.”
Além de escolas municipais e do Instituto Federal do Piauí em Corrente, Gabriel organizou uma distribuição ampla, visando garantir o acesso ao cordel.“Fiz a entrega à Secretária Municipal de Educação para que todas as escolas recebessem. O cordel está sendo distribuído gratuitamente nos formatos impresso e digital, porque a literatura de cordel é poesia popular e patrimônio cultural do Brasil.”
Para ele, o impacto literário do livreto ultrapassa fronteiras:“A obra permite que as pessoas conheçam melhor o Piauí. É um material acessível, que traz elementos de diferentes territórios e pode ser usado em diversos componentes curriculares.”
Sobre o processo de criação do projeto, ele reforça sua intensidade e talento:
“Foi rápido e intenso. A escrita, a arte da capa, a diagramação e a impressão aconteceram no mesmo mês. Também levei o livreto para Brasília, realizei oficinas e sessões de autógrafos, além de distribuir em escolas, museus e bibliotecas.”
O cordelista também recebeu destaque nacional: “No dia do Cordelista, o Ministério da Cultura me convidou para gravar um vídeo homenageando todos os cordelistas do Brasil. O vídeo saiu na página do Ministério da Cultura e teve grande repercussão.”
Com lançamento oficial no SIMGEAPI e distribuição gratuita, o cordel de Gabriel Alves pretende alcançar leitores de todas as regiões do Piauí e fora dele, fortalecendo a identidade cultural e promovendo o reconhecimento da literatura de cordel como ferramenta educativa e patrimônio imaterial.
“Esse cordel foi feito para chegar aos quatro cantos do estado. A ideia é ampliar o acesso e levar conhecimento regional através da poesia, numa linguagem acessível e sensível ao que o Piauí representa hoje.”, finaliza.
