Jamile Jah

A teresinense Jamile Jah é cantora, compositora, musicista e poetisa. A sua paixão e carreira é antiga, nasceu em 2005 e virou quase tatuagem, afinal o reggae está diluído na história e na vida da cantora. Ela já participou do Festival Chapada do Corisco (Chapadão) com a banda Zona de Atrito cantando a música de sua autoria “Sentindo-se Sozinho” e com a música “Frutos de um Dia” composta em parceria com Alexandre Rebello e interpretada pela banda Zona de Atrito. Possui músicas nas rádios aqui no estado do Piauí.

Jamile tem como parceiros os colegas Alexandre Rabelo Junior, Marcos Silva e Dam Bezerra, Vinicius Rufino, Cabelo de Corda (Edu Bizu Lima) nome de grande peso do reggae que musicaram suas poesias. Participou do Festival Jockey E-Music em 2008 com a banda Zona de Atrito na qual realizou muitos shows pela cidade e também em Floriano. Participou com as suas criações e produções do coletivo Sociedade dos Poetas do Porvir e do programa Gira Poesia na FM Universitária. Jamile já tocou no evento Brega na House Roots, no Rock Gol Teresina e atuou no espaço Memorial Zumbi ocasião que dividiu palco com uma das renomadas bandas de reggae do Estado do Maranhão, Rebel Music na Sexta Nagô. Além disso já apresentou em duas temporadas do Salve Rainha (Rainha do Sol e Rainha Rasta). Apresentou no evento Esperança Preta, em comemoração do Novembro Negro que foi idealizado pelo Coletivo de Hip Hop Princípio Ativo. “O reggae representa vida, algo vital”, diz Jamile Jah.

“A música é como se fosse uma terapia.” Jamile Jah

Nome Completo: Jamile de Castro Cavalcanti

Descrição: Cantora, compositora, musicista e poetisa

Data de Nascimento: 30/11

Local de Nascimento: Teresina-PI

Perfil escrito pela Geleia Total
Escrito por:
 Alisson Carvalho
Revisado por: Noé Filho

A sementinha do reggae

A música, o violão, foi amor à primeira vista. Por volta dos cinco anos de idade Jamile viu pela primeira vez o seu tio, Joabe Cavalcanti, que veio com um violão e apresentou a música “Tempo perdido” do Legião Urbana, desde então ela começou a tentar reproduzir a tal música “dos olhos castanhos” no violão. A ideia de criar um som, ter o domínio do violão, fazer aquele instrumento emitir sons atiçou a curiosidade e o interesse da garota. Ainda na infância Jamile conta que sempre participou das peças teatrais da escola, então com aproximadamente onze anos a menina iniciou as aulas de violão, mas desde esse período ela já rascunhava poesias. Jamile começou a tentar tocar as músicas que gostava e para isso ela pedia que o tio desenhasse os acordes, e a inspiração inicial veio com a tentativa de tocar uma música do Pink Floyd. Posteriormente Jamile começou a ter aulas com o professor de música Damião Bezerra que ensinou os primeiros acordes e preparou Jamile. Com o que foi aprendido, Jamile se jogou no meio musical, pronta para tudo.

“Uma gentileza de fim de tarde / E oração bendita, / Dedico a ti sua menina bonita!”

Se jogando nos festivais

Como uma brincadeira, no embalo e no impulso de jovens músicos ávidos pela emoção de participar do Festival de Dança Chapadão, Jamile abraçou a causa dos colegas de bairro e entrou para o grupo que defenderia a música de um dos integrantes. A experiência, embora não tenha gerado prêmios, serviu como fonte de conhecimento para o grupo que logo se tornou uma banda, a banda Zona de Atrito. Jamile conta que eram um bando de jovens, na faixa dos treze e quatorze anos de idade fazendo shows e tocando de tudo um pouco. Então, ela conta que como por osmose, a banda aderiu ao reggae, pois os colegas e bandas conhecidas eram a maioria do reggae. Quando perceberam eles já eram uma banda de reggae e estavam com um estilo definido. A passagem pela banda Zona de Atrito foi importante para Jamile se desenvolver, aprender o fluxo de uma banda, dos shows e da vivência do que é cantar em conjunto. “Fim de tarde preciso encontrar / Na linha do horizonte / Meu porto em qualquer lugar”

Diários poéticos

“Meus diários são minhas poesias / Minha rima seria minha melodia / Musicando os dias negros e brancos / Cheios de linhas e entrelinhas / Parafraseando minha vitalidade / Diante de algum verso livre / Expresso meus segundos.” Jamile Jah tem um processo criativo bem espontâneo, inspiração não é o problema para essa artista que procura sempre transmitir para o papel as ideias que lhe assaltam o pensamento de forma desprevenida. Composta a poesia, ela compartilha com a banda o texto que pode virar música ou mesmo inspirar a construção da melodia. A composição é uma escrita que pode assustar, mas Jamile foi aprendendo a sentir a melodia da música e a perceber como transformar a escrita poética em música. A construção das letras da música é mesmo um processo particular, solitário, mas a construção da parte melódica da música acontece em grupo e a sincronização de compor é um elemento forte na banda Jamile Jah.

 “Eu me aconchego na música.” Jamile Jah

Um sopro de vida, o reggae

Jamile foi construindo o seu caminho no cenário musical, mas foi depois de deixar a banda “Zona de Atrito” e investir na carreira solo que a cantora adotou o nome artístico Jamile Jah que posteriormente viria a se tornar uma marca e o nome da banda. A banda Jamile Jah é composta pelo baixista Eric Felipe, o tecladista Nando, baterista Kessin, o guitarrista Jussie na guitarra solo e Jamile no vocal e guitarra base. “Vou continuar com o reggae, pois é o que eu quero fazer. Eu não sinto que quero parar ou seguir outro ritmo. O meu foco, o meu trabalho é dentro do reggae.” Jamile conta que ficou afastada da música assim que começou a estudar Direito em Floriano, ocasião que forçou a cantora a ficar afastada da música pelo menos dos palcos, pois Jamile usou a experiência para compor músicas e escrever poesias. Nesse período ela conheceu o coletivo “Sociedade dos poetas por vir” e descobriu uma outra paixão que foi o radialismo. Foi uma forma de ficar em contato com a arte, até que descobriram que a estudante também cantava e a convidaram para fazer um show. Depois disso Jamile consegue transferir o curso para Teresina e na nova turma faz amizade com um colega que também tocava violão e os dois começaram a se apresentar nos bares durante a noite. Para Jamile, ficar afastada da música foi torturante, afinal a música é um sopro de vida.

“Eu te sinto como a brisa, / Faz carinho sem tocar. / Estou indo ao seu encontro, / Mesmo sem saber a que horas vai chegar.” Jamile Jah

Reggae é coisa de mulher sim e lugar de mulher é onde ela quiser

Jamile Jah foi ocupando um espaço com poucas referências femininas ocupando um destaque numa banda de reggae, segundo a cantora esse cenário vem se transformando aos poucos. E em 2016 a cantora, ao lado das meninas da Casa Hip Hop, participou da primeira edição do evento “Delas Para Todas”, cujo foco foi debater e construir um espaço para se discutir o empoderamento feminino, na ocasião Jamile Jah foi uma das atrações musicais, além das palestras e demais atividades. E apesar de ser do reggae, Jamile não se limita ao estilo quando se trata de gostos musicais. São muitas as inspirações de Jamile, de  “Bob Marley”  ao , “Jonh Holt” ou da “Vanessa da Mata” a “Marisa Monte”, são muitas as influências e que nem sempre são do reggae. Já de piauienses a canora aponta as bandas “Banda Acesso”, “Danilo Rudah”, “Geraldo Brito”, “Vavá Ribeiro”, “Espirito Livre”, “Cabelo de Corda”, “Jah Une”, “Fullreggae”, “Alma Roots”, “Reggaplanta” e “Cochá”. Jamile conta que no estado existe uma interação das bandas de reggae, principalmente em eventos como o Circuito Piauiense de Reggae que é um momento no qual várias bandas do estado e de fora do estado se unem para interagir, assim como para mostrar os seus trabalhos. Foi no I Circuito Piauiense de Reggae que Jamile, acompanhada pela banda Alma Roots, trouxe para o âmbito regueiro várias atrações, como Cochá, Reggaplanta, Cabesativa, Jah Une, entre outras.

Menina do cabelo de fuá

A menina que se apaixonou pela música fez da arte um ponto de refúgio, de aconchego e no reggae encontrou o ritmo para a sua inspiração. Jamile Jah continua crescendo e sempre com grandes planos, o próximo objetivo é a gravação do CD. A artista que já passou por fortes emoções pelo amor à música hoje faz presença nos palcos. Jamile está sempre criando, seja uma letra ou melodia, mesmo quando não está tocando a música invade os espaços e se faz presente na vida da artista. A cantora e compositora não se deixa abalar pelos obstáculos enfrentados no cenário das artes, transforma tudo em motivação. Jamile Jah hoje é mais que uma artista, é um projeto, uma banda, a soma de ideias que encanta o público nos diversos palcos, por enquanto, do Piauí. “Meus diários são minhas poesias/ Minha rima seria minha melodia/ Musicando os dias negros e brancos/ Cheios de linhas e entrelinhas/ Parafraseando minha vitalidade/ Diante de algum verso livre/ Expresso meus segundos.”

Contatos

recantodasletras.com.br/autores/jdicastro

facebook.com/jamilejah/

myspace.com/jaahmile

soundcloud.com/jamile-jah

instagram.com/jamilejah

youtube.com/user/Jahhmile

+55 86 99827-7539

Fotos

Vídeos

Outras fontes

http://www.revistarevestres.com.br/novas/acontece-nesta-sexta-a-1-edicao-do-circuito-piauiense-de-reggae/

 

Última atualização: 10/06/2018

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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