Maldita, de Claucio Ciarlini

Insônia é a vilã intragável que me consome agora

Não me deixa quieto (talvez o correto)

Com um sorriso desgraçado de ironia, na boca

E eu me perdendo no desprezo deste dia

Perdendo o sono, a paciência, a beleza

 

Insônia que me traz, e traz: angústia que nem sempre é bom

Mas o que fazer? Não há, não há

Se na noite ela me provoca feito Diabo a Jesus

Que cruz, meu Deus, que cruz!

E eu tão pouco sou Deus pra lidar, para domar a fera

 

Insônia para poucos, que coléricos, gritam feito insanos

Sufocados à espera do agrado do danado (Morfeu)

Penitência maldita no pingar lento dos olhos cansados

Desgraça calada, que cutuca e desnorteia

Num turbilhão de mensagens bizarras e complexas

 

Insônia é a droga que ninguém deseja

Mas que todos procuram remédio, solução

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