A cidade de Luzilândia ganha uma nova atração: o Beco Cultural

Foto Moises Saba

O Beco Cultural é um espaço do município de Luzilândia destinado às juventudes e comunidade em geral para a realização de diversas atividades, como prática de skate, ciclismo, patinação, exposições de artesanato, feiras culturais e gastronomia. A ideia do espaço surgiu após a oficina de grafite realizada pela Coordenadoria da Juventude do Estado do Piauí (Cojuv) em parceria com o Conselho Municipal de Juventude de Luzilândia. Desta atividade, também participaram jovens do assentamento Palmares.

Foto Moises Saba

Tudo isso para transformar um local que estava subutilizado em um verdadeiro mural a céu aberto com pinturas que mostram a identidade da cidade, além de homenagear pessoas que ajudaram a construir a história de Luzilândia. Depois da reforma do espaço os artistas visuais realizaram uma intervenção com painéis de grafite no espaço, com diversas representações, como caricaturas e personas. Dentre estes artistas, esteve a professora de grafite e técnica da Cojuv, Maria Simone.

“O beco cultural é uma recompensa, pois são cinco anos de trabalho tanto na minha comunidade como na minha cidade. Eu como artista visual que visito vários municípios dando aulas para jovens e adolescentes com parceria com outras cidades do Piauí percebo que é um presente, pois ali você vê o resultado de muitos anos de trabalho e o reconhecimento das pessoas, da sociedade e dos jovens que veem que o nosso trabalho é bonito”, declara.

Maria Simone (MS) é artista visual há cinco anos e a sua técnica de graffiti é uma persona. “A minha persona é um desenho feminino que tem muitas formas e desejos e sentimentos de uma mulher que vive em uma sociedade cheia de medo, de dores e tristezas ocultas. Com o meu grafite quero passar mais uma mensagem de fortalecimento, com meu persona quero que a sociedade vejam uma mensagem positiva”, destaca. Segundo a artista, depois que ela começou a grafitar até a sua forma de penar mudou e ela frisa como a arte leva o artista para um mundo sobrenatural onde é possível fazer a diferença tanto para si mesmo como para a sociedade usando a arte como instrumento de transformação.

Para Paulo César, artista visual de Luzilândia, participar do evento foi de suma importância, foi mais um degrau na sua carreira. E ele esclarece que a interação com outros artistas gerou trocas de experiências e aprendizados técnicos, pois para muitos o grafite foi uma inovação na cidade e ensinou muito sobre a Cultura Hip Hop.

“Para mim o grafite veio para somar, para preencher uma lacuna de aprendizado. E acredito que a minha obra será uma das peças mais importantes que já fiz, pois todo artista tem a meta de deixar um legado, uma proposta. Porque a minha obra de arte vai representar muito a cidade já que eu fiz a igreja matriz, a igreja de Santa Luzia. De fato, fiquei muito emocionado com o trabalho realizado.”

Maria Simone completa dizendo que o intuito com esse trabalho é mostrar para a sociedade um pouco sobre a cultura do grafite, do hip hop e arte de rua. A ideia é quebrar o preconceito de achar que grafiteiro é marginalizado. Depois dessa oficina os próprios artistas pediram um espaço para eles conversarem e dialogarem.

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