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Velhos Amigos, de Everaldo Moreira Véras

Tem explicação: não é apenas a alegria

que veio correndo me abraçar.

Não é, não!

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Sim,

          porque ouço vozes chamando,

          lá no fundo do quintal:

          ei, venha brincar comigo!

Também chega, de mansinho,

o chiado da torneira,

molhando a grama do jardim, num chorar magoado.

Alguém acorda o vento do sul,

trazendo folhas amarelas e pedaços de amor

(uns verdes, outros azuis).

Não sei…

          acho que ainda resta qualquer coisa

          do dia,

          do céu de ontem — apenas qualquer coisa!

Pois

          a diferença continua,

          que hoje tem luz demais!

          Vivendo.

          Queimando.

Mas não importa, não.

Este sol assim, brigão, arrogante, falante

…é muito meu amigo.

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