Felipe Zahir, um artista camaleão

Foto: José Ailson (Um Zé)

O ator e bailarino Felipe Zahir é natural de Teresina-PI. Dança desde a adolescência, quando conheceu a dança por meio da escola. Já passou por grupos como “Corpo de Dança da Escola CETI Didácio Silva” 2011 – 2013, “Battalli Cia de Dança” 2012 “Cia de Dança e Teatro Conexão Street” 2015 – 2017 e “Núcleo Piauiense de Danças Urbanas” 2017 – 2019. O bailarino já apresentou trabalhos como “Pixel”, 2012 “ZUMBEATS – Escola de montros” 2015 “NUANCE 2015”, “Escombros” 2016 “TOQUE e SWAG” 2018 entre outros. Felipe também atuou em peças como “Boa noite Cinderela” 2016 “A batalha do jenipapo – Vozes de ninguém” 2019 “Ardor Amor – o musical” 2017 “Auto De Natal Piauiense” 2019 e “Tumbeiro” 2019. Ministrou diversos cursos e workshops, além de ter participado de projetos como “Redemoinho de Dança”(como professor convidado) 2017 “MUVUCA – um estudo do corpo em danças urbanas”2017 “NUANCE – O Piauí com Danças Urbanas” 2018 Além disso, promoveu eventos voltados para a dança como a “Semana das Danças Urbanas”, que teve duas edições, e participou de produções musicais como o “Cumbucada Mix”  da banda Batuque Elétrico 2018 “Show Sol E Lua Do Piauí” 2018 promovido pela Geléia Total, além da participação no DVD da banda Validuaté 2016. Com a dança, Felipe Oliveira percorreu festivais como o Passo de Arte Internacional em Indaiatuba-SP, Festival Cearense de Hip hop e FESTLUSO (Rodada de negócios).

Foto: João Guimarães

“A minha dança é uma dança nômade.” Felipe Oliveira

Nome Completo: Eliseu Felipe de Oliveira Silva

Descrição: Ator e bailarino

Data de Nascimento: 29/07/1995

Local de Nascimento: Teresina

Perfil escrito pela Geleia Total
Escrito por:
 Alisson Carvalho
Revisado por: Paulo Narley

A aptidão para a dança

Desde criança, Felipe Oliveira demonstrava aptidão para a dança. Sempre que era convidado para os aniversários, lá estava ele se mexendo e expondo a paixão pelo movimento. Ele foi crescendo e no ensino médio os seus caminhos acabaram guiando-o para a dança. Assim, o desejo antigo de cursar Arquitetura ou Moda foi deixado de lado quando Felipe entrou para o Corpo de Dança da Escola CETI Didácio Silva, localizada no bairro Dirceu II. O grupo tinha como coreógrafos e professores os bailarinos Felipe Rodrigues e Jeciane Souza. Lá, Felipe Oliveira começou a estudar a dança moderna e as danças populares. Posteriormente, ele conheceu a bailarina Beth Battalli no Núcleo de Atenção Intergeracional (NAI) no Bairro Dirceu I e iniciou as aulas de dança moderna e popular, antes mesmo de fazer parte do grupo Battalli Cia de Dança. A experiência de seis meses permitiu ao bailarino participar do espetáculo “Pixel”, que foi estreado no Theatro 4 de Setembro em 2012.

Conhecendo o teatro

Felipe Oliveira conhece a Cia de Dança e Teatro Conexão Street em 2015. Depois de ingressar no grupo, ele passa a ter seu primeiro contato com a Dança de Rua. O artista conta que é justamente com essa experiência que ele percebe a sua aptidão pelo Hip hop Dance e é também na Companhia que Felipe envereda para o universo das artes cênicas, já que o grupo explorava as duas linguagens artísticas. Seu primeiro espetáculo no grupo foi o “ZUMBEATS – Escola de monstros” que tem a direção geral e coreográfica assinada pelo ator, bailarino e diretor Márcio Felipe Gomes. Felipe Oliveira experimenta já no primeiro espetáculo vários aspectos da criação, dentre eles a cenografia na qual participou desenhando, criando e confeccionando, além de ter ajudado na criação de alguns figurinos. Já com a direção de Vitorino Rodrigues, o artista participou da peça “Boa noite Cinderela”, que foi a primeira experiência remunerada na área do teatro. A partir disso, Felipe começa a mergulhar de cabeça no mundo das artes, participando de ensaios e diversos trabalhos com coreografias, workshops, intervenções urbanas e apresentações fora da cidade.

Foto: José Ailson Nascimento

A cultura hip hop

Graças à dança, Felipe Oliveira começa a investigar a música do hip hop com mais carinho, pois a modalidade exige que o artista da dança perceba as particularidades das variações rítmicas do estilo. Felipe comenta que o segredo é construir os movimentos sobre as batidas musicais chamadas de “beat”, por isso para dançar o hip hop o bailarino deve se permitir ser um refém da música. O hip hop tem um estilo único e bem particular, para se apropriar da dança o aluno deve escutar bastante aquelas músicas, pois isso ajuda a aguçar a audição para facilitar a identificação e interpretação das batidas. “Na Dança de rua, Hip Hop, temos as batalhas que são chamadas de batalhas de All Style nas quais o DJ toca uma música que não foi combinada e nem ensaiada e o lance é você ter a musicalidade e se movimentar de acordo com a batida de forma criativa seguindo o ritmo da música, usando-a a seu favor”, processo chamado de “Freestyle” ou “Hip Hop Freestyle”, frisa Felipe Oliveira. Com o tempo o bailarino disse que foi reeducando o seu copo para o hip hop e esse processo foi causando uma identificação rapidamente no estilo.

“O teatro está sendo uma descoberta e uma transição desse corpo de dança, que fala com movimento, para um corpo que fala com a voz.” Felipe Oliveira

Aprendendo com o movimento

Para Felipe Oliveira o elemento que mais o instiga a criar na dança é a música e ele destaca a música negra norte-americana, além disso alguns artistas do rap como o Narcoliricista, Ícaro de Souza e o Preto Kedê. Inclusive a inspiração nutrida das obras desses artistas já estão fazendo florescer novas criações na mente do bailarino. Felipe tem um processo de criação espontâneo, mas ao mesmo tempo segue um modelo metodológico até chegar em um formato e acabamento que seja possível apresentar ao público a obra, deixando-se aberto para possíveis modificações. A sua criação parte primeiro da inspiração e isso acontece quando ele se interessa por determinado tema, depois ele passa para a prática que tem duas dimensões: a pesquisa na literatura do tema proposto e a pesquisa física, dos movimentos coreográficos. O primeiro passo exige do artista um mergulho nos livros, matérias, artigos, filmes, vídeos e tudo o que for possível conhecer sobre aquele tema, concomitantemente ele explora como o seu corpo reage a todas as informações que possui e que está investigando. Felipe Oliveira é um artista ávido por conhecimento e está constantemente dialogando para apreender o máximo de informações possíveis, por isso ele se coloca na condição de artista camaleão, sempre disposto a se adaptar aos novos conhecimentos e a se reinventar.

Foto: Geirlys Silva

Alçando voo

Felipe Oliveira já participou de musicais como “A batalha do jenipapo – Vozes de ninguém” (com direção geral de Franklin Pires e direção musical de Edivan Alves), “Ardor Amor – o musical” (com direção geral de Adalmir Miranda e direção musical de Lucas Coimbra) e “Auto de Natal Piauiense” (neste musical, Felipe participou também como preparador de corpo e criação coreográfica, a direção geral foi do Luciano Brandão  e a musical de Edivan Alves). A dança de rua é um universo vasto que, para Felipe Oliveira, revela muitos aspectos da sociedade e nutre o seu processo criativo. Nesse campo do hip hop, o artista conta que as suas referências são o artista Little Boy (que é responsável pelo primeiro curso de hip hop fora do estado), Pam de Brito (bailarina reconhecida nacionalmente) e Henry Camargo  (diretor e coreógrafo da Escola de Dança Kahal). Munido do desejo de pesquisar e aprender cada vez mais, o bailarino está na iminência de se mudar para Jundiai, em São Paulo, com o objetivo de estudar na Escola de Dança Kahal, saciando o desejo que sempre teve de estudar na instituição e aprender com diversos profissionais.

Foto Geirlys Silva

Uma dança nômade

Felipe Oliveira se considera um artista nômade, pois ele sente a necessidade de estar constantemente buscando conhecimentos fora da sua zona de conforto. Ele gosta de se desafiar e ir além do que domina. Por isso, é tão importante dialogar com outros artistas e aprender com outras experiências. Sua característica de ir se adaptando e trabalhando com os cenários mais diferentes possíveis fez dele um artista com uma visão macro, observando o cenário das artes de maneira integrada. Felipe uniu todos os seus dons no palco e fez da sua aptidão para as artes visuais, as artes cênicas e a dança um meio para expressar a sua criação. O dançarino frisa que para quem foi mordido pela paixão à arte é necessário insistir, ter força de vontade e ter foco.

Contatos

Instagram.com/felip_oliveir

Facebook.com/eliseu.oliveira

Fotos

Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=8IeMbF_6Ccg

https://www.youtube.com/watch?v=foVY42eVMIY

https://www.youtube.com/watch?v=8wWVG4ntR7k

Danças

Pixel (2012);

ZUMBEATS – Escola de montros (2015);

NUANCE (2015);

Escombros (2016);

TOQUE e SWAG (2018).

Espetáculos

Boa noite Cinderela (2016);

A batalha do jenipapo – Vozes de ninguém (2019);

Ardor Amor – o musical (2017);

Auto De Natal Piauiense (2019);

Tumbeiro (2019).

Outras fontes

https://www.acessepiaui.com.br/noticia/11821/Espetaculo-de-danca–Tumbeiro–estreia-no-Teatro-Torquato-Neto-nesta-terca–

https://fcmc.teresina.pi.gov.br/teresina-em-danca-encerra-temporada-2018-com-espetaculo-toque/

Última atualização: 20/01/2019

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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