Fotógrafo piauiense é um dos vencedores do concurso internacional de fotografia IPPAWARDS

Foto em preto e branco de um senhor de terno com o cabelo bagunçado pelo vento. Ao fundo, a fachada de alguns prédios. Obra do fotógrafo piauiense Adriano Carvalho, premiada no IPPAWARDS.
Foto por Adriano Carvalho

 

O parnaibano Adriano Carvalho, foi um dos vencedores do IPPAWARDS (iPhone Photography Awards), um concurso internacional de fotografia. Ele é o único brasileiro entre os selecionados.

IPPAWARDS

Desde 2007, que o iPhone Photography Awards (IPPAWARDS) premia anualmente as melhores fotos tiradas de iPhones e iPads, com um vencedor do grande prêmio e três vencedores gerais, bem como três vencedores para cada uma das 19 subcategorias.

Em 2023, a foto de Adriano Carvalho – nomeada como O Senhor do Vento – ganhou o terceiro lugar na categoria Pessoas com a descrição:

Brazil
3rd Place – People
Senhor do Vento
Shot on iPhone XS
Buenos Aires

Adriano Carvalho

Autodidata, e apaixonado pela fotografia, Adriano Carvalho iniciou a carreira fazendo retratos, ensaios. Com a especialidade em fotografar retratos, em 2012 iniciou fotografando Umbanda, e fotografia geral, já no ano de 2013, deu início como fotógrafo profissional, assim, recorreu a cursos livres para aprender mais e aperfeiçoar em seu talento. Atualmente, Adriano é professor de Fotografia no SENAC Piauí, Polo de Parnaíba e segue a especialidade de Documentário fotográfico, audiovisual e de Umbanda.

Adriano ressalta que sempre gostou de fotografias. “Fotografar sempre foi uma paixão, antes eu trabalhava com direito, em escritório de advocacia cheguei a advogar, mas, eu só gosto de dizer isso, trabalhava com direito, nunca foi minha paixão, agora fotografia sempre foi minha paixão”, afirma.

Ao longo de suas experiências de vida, o fotógrafo ressalta que, gosta de criar narrativas e histórias, em mostrar o mundo de pessoas. E foi convivendo com essas trocas que Adriano ficou sabendo do concurso internacional IPPAWARDS. “Desde que comecei a fotografar com celulares há 10 anos, gostava da ideia da praticidade daquele modo de fotografar. Quando descobri a fotografia mobile percebi que a apple sempre esteve incentivando, prova disso é o próprio concurso que cresceu e tornou-se um dos maiores do mundo. Então soube justamente por isso”, afirma.

Adriano descreveu como foi o processo de criação da fotografia premiada, chamada de “O Senhor do Vento”. “Essa fotografia foi feita durante um passeio fotográfico que eu fiz em Buenos Aires na Argentina, eu sou fotógrafo de rua por essência, trabalho socialmente, mas a essência da fotografia é de rua, e eu o vi, caminhando rapidamente do outro lado da avenida, e percebia que ele ia de uma forma contra o vento, que o vento quando soprava forte, levantava o cabelo dele, então percebi que ele era uma pessoa muito expressiva, a personalidade muito forte, então pensei, se eu conseguir tirar uma foto dele aqui, maravilha!”

“Caminhei atrás dele por cerca de dois quarteirões, até que consegui de alguma maneira me posicionar na frente dele e ao abordá-lo eu comecei a fotografar, apertando o botão do volume do telefone, fiz quatro fotos, e dessas quatro fotografias eu consegui essa, da maneira certa, no momento certo, da forma certa”, disse.

Mesmo com a liberdade de fotografar pessoas na rua, para seguir os procedimentos de direitos de imagem, Adriano ressalta que após a fotografia, pediu autorização ao Senhor fotografado. “Após fotografar, mostrei a ele, sabe? Leis de outro país, não sabia como funcionava. E perguntei se poderia usar, ele achou a fotografia cômica e boa na hora, gostou bastante, respondeu que sim, agradeceu e foi isso. Fotografia de rua: você está sempre ali, é tudo muito rápido, você aborda as pessoas, você chega, faz uma foto, às vezes não aborda, então, é realmente questão de percepção”, disse.

Segundo o fotografo, a fotografia precisa “passar uma mensagem” para se enquadrar como critério de escolha para a inscrição no concurso:

“Sobre os critérios que eu usei pra escolher essa foto específica é questão de mensagem. A fotografia tem que ser completa no clique. Então, quando você faz a foto a mensagem dela tem que estar completa justamente na hora do clique. Ela tem que se explicar por si mesma. A expressão dele, a questão de estar com terno, de ser em uma cidade grande, a personalidade forte dele justamente com algo inesperado, inusitado, quase caricato que é a questão do vento no cabelo. Então, pensa aí cara essa foto tem todo um contexto onde as informações juntas são muito boas, conta uma história muito interessante e foi a foto que eu escolhi por conta disso”, afirma.

Escrito pela segunda vez no concurso da IPPAWARDS, o artista celebra com alegria sua vitória dentro do concurso. “Sentimento de Gratidão. Muitas vezes não acreditamos que somos capazes de algo, mas sempre tem quem intervenha de uma forma ou outra e vemos que somos mais que imaginamos. É realmente uma alegria grandiosa de felicidade comigo mesmo. Sempre defendi que fotografia depende do olhar e não do equipamento. Então, grato aqueles que me sustentam na fé.”

Você pode conferir o trabalho de Adriano carvalho por meio do site e das redes socais: @oadrianocarvalho (@minhacameradebolso onde tem fotos só de celular, sua principal especialidade).

 

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