Jader Damasceno

Quando a criação é a característica mais forte da pessoa, só uma forma de expressão parece não servir para o escoamento de toda potência criativa. Jader Damasceno é esse tipo de artista, um artista plurifacetado. Ele é natural de Oeiras, é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Piauí, trabalha nas artes, comunicação e design visual desde os 17 anos de idade. Trabalha também como fotógrafo, com produção de arte, produção cultural e organização de eventos. Já fez algumas exposições em Teresina, além disso em 2017 Jader Damasceno recebeu a condecoração e honraria em comemoração aos 300 anos de Oeiras da Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí. Seus quadros estão espalhados pelo país e o artista atualmente trabalha na TV Assembleia, além de fazer pós-graduação em telejornalismo e convergência midiática.

“Eu sou uma colcha de retalhos. Eu sou produto de uma construção histórica, social, da minha época e das minhas experiências.” Jader Damasceno

Nome Completo: Jader Cleiton Damasceno de Oliveira

Descrição: Jornalista e artista plurifacetado

Data de Nascimento: 18/07/1990

Local de Nascimento: Oeiras-PI

Rua do sol nascente

“Eu sou o menino de Oeiras com o cérebro de outro lugar.” Jader Damasceno cresceu na Rua do Sol Nascente e foi lá que o garoto experenciou as suas primeiras vivências com as artes. O artista cresceu rodeado pelo ambiente da criação graças ao trabalho talhando madeira desempenhado pelos tios. Além disso o ambiente familiar de Jader sempre foi o seu laboratório artístico, um lugar de formação para além das artes. Jader foi aprendendo e experimentando de tudo um pouco, como o desenho, a pintura, a costura, o bordado e a modelagem. E fez tudo isso apenas observando a mãe, a professora ou nas leituras das revistas. Esse autodidatismo do artista fez com que ele migrasse para outras artes, explorando o teatro, a performance, a dança e tantas expressões artísticas que ele próprio diz não caber e uma única arte. “Eu sou uma colcha de retalhos. Eu sou produto de uma construção histórica, social, da minha época e das minhas experiências”, completa Jader Damasceno.

Uma colcha de retalhos

Jader Damasceno foi construindo e se reconstruindo a sua arte, desde as primeiras experiências o artista já estava engajado com a ideia de ressignificar o mundo e começou a perceber que poderia fazer isso inicialmente com as artes. Ele foi aprendendo a construir sobre o impossível, materiais considerados dispensáveis e alterando a forma convencional dos objetos dos quais utilizou para as suas criações. Essa visão otimista diante do caos fez do artista uma pessoa mais forte diante das adversidades, tanto que foi esse poder de ressignificar o mundo fez com que Jader ressignificasse o acidente sofrido, refletindo diretamente nas suas artes. A curiosidade de Jader levou o artista a experimentar e com o tempo ir entendendo as técnicas da pintura, inclusive explorando outros materiais. O processo criativo de Jader começa registrando todas as ideias que invadem os pensamentos, seja frase ou esboço, tudo vira rabisco e possivelmente uma obra. Jader é um amante do corpo humano, por isso as suas obras trazem essa referência. “Tudo que eu crio sou eu”, diz Jader.

Um sujeito imagético

“Eu crio porque eu crio memórias afetivas”, pontua Jader Damasceno. Essas memórias são as sensações do artista que podem ou não serem suas, são produto das suas lembranças e vivências ou das leituras das experiências de outras pessoas. Os desenhos de Jader estão repletos de referências e são construídos sobre a paixão pelo número três que, segundo o artista, já foi objeto de contemplação de várias culturas. As cores predominantes nas telas são quentes. A junção desses elementos é uma forte característica da obra de Jader Damasceno que tenta sempre entender os sentimentos do outro ao retratar as suas personagens cujos traços nunca especificam um gênero específico, dando a possibilidade de o observador enxergar para além de qualquer binarismo, por isso ele afirma que: “É por isso que eu não pinto triste, porque é como se minhas dores, meus sentimentos naquele momento fossem ser transmitidos para outra pessoa. Ela tem que ter o melhor de mim e o melhor que eu posso dar. Se é através da minha arte, então que minha arte faça bem pra ela, que ela olhe pra minha arte e que ela se sinta leve mesmo com a tela densa.” Jader nunca baixou a cabeça para as dificuldades, sempre usou a sua arte como uma ferramenta de diálogo e também de luta.

Retalhos, cacto, laranja e sol

“Eu nasci pra humanas. Meu corpo, minha alma é humanas.” Jader Damasceno casou as paixões e decidiu seguir uma carreira que pudesse conciliar a sua vontade de provocar o mundo com as artes, optou então pelo curso de Comunicação Social no qual poderia afetar e dialogar com outras pessoas. E foi justamente no curso que Jader começou a descobrir outras possibilidades, participando inclusive de movimentos estudantis. E a vivência acadêmica fez com que o artista entendesse que o grande elemento presente na sua obra é a memória, pois a sua arte gira em torno da memória afetiva. A descoberta acrescida desse encontro com o Jornalismo impactou Jader em vários sentidos, pois foi lapidando o seu olhar e fazendo com que o artista entendesse não só o profissional que estava em formação, mas o ser humano que estava sendo gestado. Jader gosta de transmitir ideias por meio da sua arte e por isso as teorias da Comunicação ajudaram na produção artística, suas telas têm mais que sentimentos, têm mensagens, ideias que serão ressignificadas pelo olhar do leitor, espectador. “Quando eu estava na cadeira de rodas, eu fiz retalhos em algumas telas, porque eu sou uma colcha de retalhos. Sou brasileiro, nordestino, eu poderia ser qualquer coisa. Eu olhava para cocha de retalho e não precisa dizer nada, aquilo era poético. Eu sempre me ressignifiquei como cocha de retalho”, diz Jader Damasceno.

Não existe limite na arte

Para Jader Damasceno a arte é mais que expressão, é uma forma de afetar e ser afetado pelo mundo. Jader é um artista autodidata, ele não se considera preso a nenhum estilo específico e esse espontaneísmo não é produto de desconhecimento, afinal o artista pinta desde os nove anos de idade e é um apaixonado pelo mundo das artes. “Eu sempre gostei muito de geometria, porque que eu gosto do corpo humano, eu acho o corpo uma obra geométrica incrível”, diz Jader Damasceno. Suas referências estão na literatura, ele é um admirador do trabalho de Ariano Suassuna, Guimarães Rosa e Mario Quintana. “Eu não quis me distanciar da obra porque eu quis que meu corpo fosse obra. Quando você minhas telas você me vê, quando vê minhas roupas você me vê, o jeito de caminhar, de falar, de me expressar”, afirma Jader.

Um sertão universal

Perder-se só se for dentro da própria arte ou para achar novos caminhos, apenas para isso, pois Jader Damasceno é um artista bem determinado. Paixão sem ação não gera frutos e sabendo disso o artista que se considera plurifacetado foi além do comum, do corriqueiro, pincelou no seu próprio mundo novas coras e ressignificou a sua própria história, transformando a tudo que há de trágico em força para continuar lutando. Não é por menos que suas telas são repletas de luz. Uma luz que significa também que tem como superar os obstáculos, que há possibilidades dentro da arte que são infinitas e se prender a uma possibilidade é limitar o potencial criativo do artista. Jader Damasceno é referência não só em Oeiras, mas para muitos jovens no Piauí por ter proposto, revisto, criado e recriado. Jader Damasceno é um artista que não cabe em uma só expressão artística, são tantas ideias que os meios pelos quais elas se manifestam fogem a convenção, é preciso recriar. Jader Damasceno é a sua arte e a sua arte é o próprio Jader.

Contatos

https://www.facebook.com/jader.damasceno.1

https://www.instagram.com/jaderdamasceno

Fotos

Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=KxpiP3mZA0w

https://www.youtube.com/watch?v=GoNRbqaBE5k

Amostras e exposições

Exposição – “Cognoscível” (Pintura)

Atlantic City dias 06, 07 e 08 de abril de 2018

Teresina – PI

Exposição – Circuito Arte Brasil (Pintura)

Montmartre Arte e Galeria de 07 de março a 30 de março de 2018

Teresina – PI

Exposição – Arte & Vinho (Pintura)

Montmartre Arte e Galeria de 22 de setembro a 03 de outubro de 2017

Teresina – PI

Amostra – Retalhos (Pintura)

Vernissage, de 26 de dezembro de 2016

Oeiras – PI

Exposição – Corpus Sin-Sera (Pintura)

Shopping Rio Poty, de 05 de fevereiro a 07 de março de 2016

Teresina – PI

Amostra – Divas em Aquarela (Pintura)

Rainha de Carnaval, de 23 de abril de 2015

Teresina – PI

Exposição – Qual a cor da sua Travestir (Ilustração)

ARTCOM Teresina – PI, Universidade Federal do Piauí – UFPI, de 20 a 21 de

julho de 2013

Teresina – PI

Exposição – Espermentalhaço (Pintura)

– VII Festival de Cultura de Oeiras – Ano Banda Santa Cecilia, de 22 a 24

de janeiro 2012

Oeiras – PI

Exposições – NU – A Lembrança Esquecida (Fotografia)

– VII Festival de Cultura de Oeiras – Ano Banda Santa Cecilia, de 22 a 24

de janeiro 2012

Oeiras – PI

– VIII Festival de Inverno de Pedro de 23 a 26 de junho de 2011

Pedro Segundo – PI

– XVI Salão de Fotografa de Teresina – Ano Antonio Quaresma, Clube dos Diários de 16 de outubro a 4 de novembro de 2010

Teresina – PI

Outras fontes

https://www.portalaz.com.br/noticia/arte-e-cultura/403762/renascido-do-ferro-jader-damasceno-expande-a-sua-arte

 

Última atualização: 03/06/2018

Caso queria sugerir alguma edição ou correção, envie e-mail para geleiatotal@gmail.com.

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