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Vinte e seis anos, de Dionísio Gonçalves Vilarinho

VINTE E SEIS ANOS

        Vinte e seis anos… Vinte e seis mil passos
à procura de um bem, de uma ilusão!
Vinte de seis mil soluços de cansaços,
mil preces, mil pedidos… Tudo em vão.

        Vinte e seis anos… Trinta mil fracassos…
Trinta mil tentativas de ascensão
sem êxito… Cair de membros lassos,
trinta mil vezes revertendo ao chão.

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        Já na casa dos meus vinte e seis anos,
curvado ao peso atroz dos desenganos,
sinto os desígnios infernais da sorte.

        E assim desiludido, assim cansado,
de minha própria vida, eu, entediado,
evoco e espero com prazer a morte.

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