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Antão, de Mardson Soares

Amo-te, Antão, as tuas coxas!

Louvou-te meu olhar de afetação

No balanceio imodesto das pregas

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Quão justas, as tuas, varão!

Amo-te, Antão, as tuas coxas!

Se pelicas, ou se espichas às cegas

Uma fitada ordenada atravesso

Como se apalmasse a visão

Amo-te, Antão, as tuas coxas!

Nem um riso, desaviso compresso

Nem um passo, antevista cisão

Furta a mirada da compostura

Amo-te, Antão, as tuas coxas!

Que bem afazeres, se te amado

Mas tão mais rija e formosura

Que o amar se defraudado

Amo-te, Antão, as tuas coxas!

Bem quis mirar o mais íntimo

Mas tão mais rija e formosura

Que cedeu o amar ao ânimo

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