Frisson à Rilke, de Diego Mendes Sousa

Que o Tempo não refute nunca
o rastilho prisioneiro e perplexo
do Amor
pois o sangue- motor da vida- pulsa
rarefeito
no apelo escondido dos Astros
a debilitar o indispor do mundo
que arrasta o azul sobre o branco:
o ar puro da felicidade

Somente o Amor filtra a ofensiva
da amargura em qualquer coração
e derrama o inusitado sobre o rosto
a orvalhar a eviternidade
e apreender o martírio de tédio
que deslumbra
a existência sufocante
em recatos de sabedoria enevoada

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagens Relacionadas