Diego Mendes Sousa será um imortal da Academia Parnaibana de Letras (APAL)

O escritor, jornalista, advogado, indigenista, ambientalista e ativista cultural Diego Mendes Sousa nasceu em Parnaíba-PI (15 de julho de 1989) e radicado no Acre. Ele é Membro do PEN Clube do Brasil e detentor do Prêmio Castro Alves da União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ), 2013, pelo conjunto da obra. Publicou 50 Poemas Escolhidos pelo Autor (Edições Galo Branco, 2010), dentre outros títulos. Seus poemas foram traduzidos para o inglês, o espanhol, o francês e o grego.

Escreve desde que se entende por gente, mesmo antes de saber o que era poesia e é um escritor engajado, sempre se esforçando para divulgar a literatura e os diversos escritores que muitas vezes caem no esquecimento da coletividade.

O poeta assumirá agora a cadeira nº 11 da Academia Parnaibana de Letras (APAL) que teve como primeiro ocupante o economista e Ministro João Paulo dos Reis Velloso e que tem como patrono, o poeta, educador e jornalista, Thomaz Catunda, intelectual de proa na história da Parnaíba.

A Academia Parnaibana de Letras atualmente é presidida pelo contista e poeta José Luiz de Carvalho e dentre os patronos da APAL estão: Benedicto dos Santos Lima, Humberto de Campos,  Ademar Gonçalves Neves,  Luiza Amélia de Queiroz, Luiz de Moraes Correia, Leonardo de Carvalho Castelo Branco, Jonas da Silva, Berilo Neves, R. Petit, Antonio José de Souza e Evandro Lins e Silva.

  • COMO VOCÊ COMEÇOU A ESCREVER?

DIEGO MENDES SOUSA –  Nasci vocacionado. É de berço. Sempre quis ser escritor. Não sabia que era poeta nato, porque a poesia é dom e manifesta-se espontaneamente com o tempo e com a duração da precariedade de estar vivo. Descobri-me depois, poeta e escritor, quando a fluidez da linguagem entendeu por fazer deságue desatinado em mim. Publiquei meu primeiro rebento literário, Divagações, aos dezesseis anos de idade, ainda mancebo e imaturo, e jamais parei ou nunca quis parar, pois encontrei o sentido e a fortaleza da minha vivência e da minha própria existência, enquanto ser humano e sujeito predestinado às letras.

  • O QUE LHE INSPIRA A CRIAR?

DIEGO MENDES SOUSA – A miserabilidade do olhar ou mesmo a riqueza escondida em todas as coisas deste mundo. E muito mais, do desconhecido, já que a poesia é a ocultação do que se revela cruel aos anjos e aos santos. Poesia é santidade, realização de milagres com as palavras, onde se operam o mistério e o enigma dos símbolos e das metáforas.

  • QUAL A IMPORTÂNCIA DE OCUPAR UMA CADEIRA NA ACADEMIA PARNAIBANA DE LETRAS?

DIEGO MENDES SOUSA – A eleição para a Academia Parnaibana de Letras (APAL) fez-me Rei em minha própria terra. É uma honraria, um glorioso reconhecimento para uma carreira literária, construída com seriedade e deveras compromissada com a literatura. Os poetas são os legítimos guardiões das suas cidades. São eles que recriam o imaginário da sua gente e legitimam as suas mais profundas raízes, com peculiaridade, com verdade e sobretudo, com larga invenção. Fui eleito para a Cadeira 11 da APAL, na sucessão do Ministro João Paulo dos Reis Velloso. Meu patrono é também um poeta. Thomaz Catunda! Um cearense que participou intensamente da construção da Parnaíba, no Século XX, seja como educador, seja como intelectual. É um privilégio referenciar pessoas ilustres do passado. Gosto de memória e de história, são grandezas morais afeitas à posteridade.

  • O QUE A LITERATURA REPRESENTA PARA VOCÊ?

DIEGO MENDES SOUSA – A literatura é um prazer indescritível. Ler é uma aventura e uma narrativa íntima com o conhecimento e com os sentimentos. A leitura deve sempre preceder ao escritor. Literatura é comoção. É o que sinto quando estou diante de criadores violentos e avassaladores de magia inovadora, como William Shakespeare, Federico García Lorca, Rainer Maria Rilke, Miguel de Cervantes, Machado de Assis e Clarice Lispector.

Poesias     

Poema 

serenata aos iludidos

Candelabro

O Colo de Mãe 

Parnaíba, litoral do Piauí

 Obras

Gravidade das xananas (2019);

O viajor de Altaíba (2019);

Tinteiros da casa e do coração desertos (2019);

Velas náufragas (2019).

 

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