Como não perder a masculinidade lendo poesia, por Alisson Carvalho

Foto: Alisson Carvalho

Eu nasci macho, bem homem mesmo, sem nenhum defeito aparente, embora eu já tenha fraturado a tíbia num acidente de moto provocado pela tentativa de provar a minha masculinidade. Fora isso eu tenho uma paixão assustadora por livros, em especial os de poesias e, para piorar, os de poesias românticas. Escondi dezenas deles sob minha cama, não desejo a ninguém sofrer do mesmo mal, pois passei a adolescência chorando ao ler as obras de Shakespeare nas trevas da madrugada e no silêncio do meu quarto. Tudo bem, também consumi um pouco de prosa, confesso. Certa vez fui pego no ato e, graças ao ótimo reflexo que tenho, escondi-me sob as cobertas, mas de nada adiantou, pois meu pai logo sussurrou questionando o que diabos eu estava fazendo.
_Batendo uma, gritei sobressaltado.
Observei um misto entre felicidade e constrangimento no semblante do velho. Desde aquele incidente, tratei de fechar a porta do quarto, principalmente nos meus momentos mais íntimos, cujas leituras orgásticas me roubavam completamente a atenção. Desandei de vez, li tanta poesia que sem perceber me pegava falando alguns versos. Passei as noites refletindo sobre o perigo daquele hobby e como aquilo me consumia…

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