[+18] O pau, por Alisson Carvalho

Foto: René Carvalho

Eu não vou olhar. E ele pulsando, sem nenhum constrangimento, ali sob o império da calça jeans deixando um volume inconfundível. Eu não posso olhar, droga. Permaneci atento à fala, tentei me concentrar nas palavras, mas aqueles malditos lábios também excitavam. E se olhasse de relance e fingisse uma divagação dessas de quem reflete assuntos profundos?

Mesmo que todos digam o contrário, havia sim muita ciência no meu olhar. Só quem tenta avaliar o conteúdo escondido pelas vestes é que sabe o quão operoso é tentar decifrar tamanhos e diâmetros. O olhar deve ser preciso e nunca direto…

 

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  1. Um Texto maravilhoso, com escrita impecável. O autor, em suas linhas, demonstra o poder sobre as palavras e sua leveza e transparência no desenrolar do texto. Alisson Carvalho nos leva, com sua escrita ao ponto de visualizar o acontecimento, prendendo-nos mais e mais a leitura. Simplesmente Incrível.

  2. Nossa, um texto bem excessivo. Onde te instiga a vivência do ocorrido, você entra num estágio como se tivesse ali, vendo todo o ocorrido. Mas as palavras são de uma sutileza tão imensa, que não te fazem se oprimir ou se verificar, mediante o assunto. Parabéns… Texto maravilhoso, esse.

  3. Meu lindo eu li, sim. E gostei. Você tem feito um exercício vertical de aprofundar se em si mesmo e a partir desse mergulho, visceralizar suas interioridades de forma poética e orgânica. O Pau, por Alisson Carvalho, revela ao leitor um autor em “ponto de bala”, construtor de imagens fortes, com uma descrição precisa do objeto do desejo, do pedaço humano erotizado, o recorte em plano fechado do fetiche que se instaura em sua ( s ) masculinidade (s ) sobre ele, o tão desejado, arquétipo da força reprodutora do homem na terra, o Pau, Totem venerado. Símbolo da força maior paternal que carrega em si o poder da vida e também o deflorar dela. . . O Pau, por Alisson Carvalho pode ser tudo isso e muito mais. Trás em sua carga erótica o corte preciso daquele que é merecedor de todas as atenções maiores em um crescente, que escorre pela narrativa textual intensa até seu ápice, o contato, para entendermos que tamanha precisão e acuidade narrativa, levam o leitor ao ato (gestus ) libertador do gozo!

  4. Fosse a cena de um filme, bem que poderia ser um flashback ou até mesmo um fotograma.Um acontecimento decorrido em poucos segundos ganha contornos um pouco maiores,estendendo -se por uns minutinhos a mais,a descrição vai apimentado-se a medida em que o personagem rompe a barreira do superego(ou não)acredito que a narrativa poderia ter sido melhor aproveitada como em outros contos do jovem autor,os personagens são ocos,e desse modo tornam-se reféns e meros detalhes da história,autores têm várias maneiras de contar suas histórias e escolhem a que melhor lhe aprouver,o conto consegue fazer rir,ensina algo sobre psicanálise,mas infelizmente derrapa onde poderia ser o clímax e apresenta-se anêmico.

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