(Com o perdão de Da Costa e Silva, o maior dos poetas piauienses).
Parnaíba, te vejo intensamente,
na dor de “velho monge” resignado,
a dar vida, prendido na corrente,
a derramar-te ao longe, e fatigado.
No rijo dorso levas, noite e dia,
lendas, canoas, barcos, pescadores.
E em cada braço, a verde ramaria
enfeitada de rendas e de cores.
Sem bordão, sem rosário, sem vaidade,
desafias o sol, a areia ardente,
abraçando cidade e mais cidade.
Nessa faina, ora calma, ora inquieta,
Humildemente, carismaticamente,
Cantas do canto que cantou o poeta.