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Vesperal, de Jonas Fontenelle da Silva

Erma tarde litúrgica em declínio…

Há no espaço uma estranha barcarola

E o cadáver do Sol em nuvens rola,

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0 apunhalado príncipe sanguineo.

Que na terra haja o luto, haja o assassínio!

Mas ao crente amedronta e desconsola

O crime junto aos céus, junto a corola

Das estrelas — as rosas de alumínio.

Logo depois que os mármores vetustos

Desças, ó Noite, do pesar, dos sustos,

Depois que as asas de albatroz envergues,

Há de a Lua surgir pálida e etérea,

A Lua, a triste lâmpada sidérea,

O sorriso do azul para os albergues.

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