O PROBO LIQUEFEITO, de Valéria Lima

Imagem: Danilo Grilo Cunha

O TEMPO nos atende no tempo dele. O tempo AFINA quem é quem. Ou o que será que anuncia a autenticidade do “objeto” desconhecido? Ademais, o tempo põe tudo no seu devido LUGAR. E de início não precisamos considerar entre bom ou ruim. No final sempre é BOM! Às vezes, bem melhor do que o sequer-esperado. Cabível igualmente quando a injustiça EGOCENTRISTA atravessa os laivos JURÍDICOS postergando a pretérita convivência AMIGÁVEL e compassiva, e lá está o FISIOLOGISMO politiqueiro aceso, em nível primeiro. Pareceu e, insistentemente parece, que é o que mais importa em detrimento da AUSTERIDADE e da virtude de PROBO. Em um EXCERTO pregnante do tempo OPORTUNISTA tudo isso é LIQUEFEITO. Não obstante, quem é hoje e quem é amanhã é o mesmo de sempre. A “COISA SUJA” não tem o poder de moldar; é o SER quem se afaz. Se na indolência do seu espernear, à vez da reflexão, não lhe trouxer a HUMILDADE de reconhecimento, – e isso é o tempo que poderá trazer – ratifica justamente o cerne da questão, e isso realmente não importa para nenhuma das partes. Conquanto, não nos preocupemos com o FUTURO, sobretudo quem carrega a plena CONSCIÊNCIA de seus atos. O momento é AGORA. Sempre foi. E o hoje é o futuro de OUTRORA. É ESTRANHO não se considerar “abutre” de uma MEMÉTICA dentro do que Dawkins* aponta como “gene egoísta”, seja lá em que ensaio da vida e, ainda assim, ser “CANCELADA” (e quem disse que isso é ruim?). Veja, a memética na sua amplitude GENÉRICA de significado, mas não relacionado diretamente à unidade básica da MEMÓRIA. Ocorre que o EGO – e aqui amplio raciocínio dentro do presente esboçado “quase NONSENSE”, porém LÚCIDO e estruturado de pensamento – é o centro articulador das dores ÍNSITAS distribuídas de uns aos outros. É basicamente um subsídio do EGOÍSMO. O EGO é maldito, cheio de MECANISMOS mal intencionados, e cega os VILÕES (de si mesmos) desviando-se do enfoque zetético, mas apenas o que lhe é POSITIVADO. Se soubessem que nada disso vale a pena, atentar-se-iam mais ao que Lipovetsky** assevera (e endosso) sobre a insegurança, a leveza, o bem estar… os valores “modernos”!!! O filósofo francês da HIPERMODERNIDADE ainda menciona o INDIVIDUALISMO com outra significação que não do egoísmo onde, no sentido ANTROPO-HISTÓRICO, o indivíduo possui uma conformação SOBERANA do seu próprio SER, bem como em relação às LEIS. O ser humano se configura nesses termos LEGÍTIMOS e, isso, é individualismo, diferentemente da concepção egocêntrica. E os valores MORAIS? Onde estão? Eu me arremesso na VERDADE e na integridade. Percebo-me “inerte” nesse EVENTO. Emerjo-me no axioma da PAZ pelo benfazer. É a própria LIBERDADE. Isso adequa-se para poucos, para quem ENXERGA o JUSTO e a abnegação. Não me vanglorio. Mas a ÉTICA é parceira leal dessa estada no mundo. IMPERFEITOS somos até entendermos onde está essa PERFEIÇÃO natural e DIVINA, ou seja, existe perfeição nesses termos. É que SOMOS perfeitos assim mesmo, até quando a escatologia VITIMÍSTICA (e não vitimizante) ou a pulha INCOERÊNCIA mostram-se evidentes aos PERSPICAZES (somente a eles), na tentativa de justificar o feito MALFEITO, podendo outra ser a POSTURA perante REPERCUSSÃO inesperada de tal evento. A ausência de tato social bastou para o espúrio INJUSTIFICÁVEL sem a transparência de adultos IMPOLUTOS. De forma semelhante, o sistema LÍMBICO renegando o equívoco para se viver em SOCIEDADE de forma SALUTAR – INTERESSES próprios AVANTE, todavia. E não adianta CULPAR nada FORA de si. De maneira que deixo para o tempo. E embora tenha citado o “francês”, não falo do tempo que se tornou múltiplo. As estranhas INTERPRETAÇÕES textuais diante dos PROPÓSITOS genuínos de quem se manifestou parecem não ser ATUANTES de quem conhecemos. Digo, de quem ACHAMOS conhecer. Ou, ao menos, de nada vale a essas pessoas o que realmente deveria IMPORTAR. Pessoas TRÉPIDAS, e até PUERIS diante dos fatos. Quem sabe, finalmente, as CONHECEMOS melhor agora? O DONO do UNIVERSO sabe, e sempre soube!

* Refere-se ao biólogo, etólogo e escritor britânico Clinton Richard Dawkins que cunhou termo “memética”, autor do famoso “O Gene Egoísta” (1976).
** Gilles Lipovetsky, filósofo francês da contemporaneidade, estudioso da Hipermodernidade, lançou várias obras tais como “A Era do Vazio” e “O Império do Efêmero”.

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