Borboleta na janela, por Alzerina Pinho

Pousada entre os cordões que cercam os espaços dos voos de outrora
Descansa preguiçosa do casulo-abrigo que deixou
Encantos de domingos prósperos
Instigam o lançar-se aos ares há tanto sonhados
A eternidade não é mais que um dia
E o presente sobra em desejos de viver
Se acaso o ontem importa à tela a que visita e encanta
À nostalgia entrega o infinito
Porque é infinito o instante em que demora a vida
Bate as asas em ritual único
Lampejo de santidade no forjar dos dias profanos que já esqueceu
Partiu no voo de etéreo manto
Colheita oculta do semear que já viveu.

 

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