Muito se indaga sobre as dificuldades financeiras que os coletivos culturais brasileiros enfrentam para se manterem. No caso da Geleia Total não é diferente, o coletivo que existe há 11 anos desde 2014, abriga vários profissionais na equipe, porém, a serviço do trabalho voluntário, com o desejo de ajudar a manter vivo o objetivo de valorizar a arte e cultura piauiense.

O idealizador da Geleia Total e produtor cultural , Noé Filho, explica que os custos básicos de manutenção são realizados com gastos financeiros do próprio bolso.
“A nossa situação financeira é uma situação instável, a gente não tem uma previsibilidade de receita e a gente financia o portal específico de modo voluntário. No caso, eu tiro o dinheiro próprio também, pra pagar, por exemplo, agora está sendo trocado o layout do site, então estou arcando com tudo. Aí teve um período que o Cândido ajudou a pagar as taxas do site, né, que tem uma taxa de manutenção do sistema. E aí a gente vai se ajeitando”, disse.
De acordo com o Ministério da Cultura, os investimentos no setor cultural representam 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB). Só este ano, foram captados, R$ 2,3 bi em recursos por meio da Lei Rouanet. Oportunidade de grande proveito aos fazedores de cultura.
“Aí tem também os editais, que às vezes conseguimos ser aprovado, que ajuda, a pagar. Teve um período que conseguimos, de vez em conquistamos patrocínio privado também, pra fazer banner de anúncio, mas não conseguimos uma constância mensal, é, esporádico, o ideal seria a garantia de todo mês conseguíssemos vender todos os espaços principais. Mas aí já apareceu algumas vezes, mas de modo esporádico”, explica.
Outro caminho do Coletivo se manter é a tradicional venda de produtos em Feiras Literárias locais, ou produções artísticas com a cobrança em bilheteria. Noé ressalta que, essas atividades também ajudam o coletivo a seguir em frente.
“E as outras atividades que fazemos de alguma forma ajuda também, então quando vendemos produtos no Salão do Livro do Piauí (SALIPI), quando fazemos uma produção que vende ingresso, então são outras atividades que a gente faz que acaba ajudando a financiar esses custos e despesas que a gente tem no site. Então não tem essa previsibilidade de receita , mas continuamos com o projeto”, destaca.
Dentro do site da Geleia, surgem umas publicidades, Noé explica que, são parceiros antigos e que muitas vezes contribuíram durante o desenvolvimento do projeto.
“Aqueles apoios são apoios que já financiaram financeiramente há muito tempo , e eu acabei deixando porque é uma maneira de dizer que estamos, tem pessoas nos apoiam ente financeiramente, que as casas acabam estimulando outras pessoas a colaborarem, assim, o do Barreiro apoiar, então eu posso apoiar também. E, por exemplo, tem o Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI, porque a gente precisa de espaço e alguma coisa que seja, mas a ideia daqueles apoios são apoios institucionais”, pontua.
Por outro lado. Noé afirma que o projeto almeja tentar uma captação financeira, para custear inicialmente as necessidades básicas do coletivo cultural, e quem sabe no futuro remunerar a galera empenhada com os trabalhos de divulgação da arte e cultura piauiense.
“E até que montamos um plano comercial para publicidade, para reportagem patrocinada, digamos assim, que a pessoa quer divulgar algo e aí ela paga pra gente divulgar. E aí tem um preço melhor quando é um projeto artístico e tem um preço que é pra empresa que quer divulgar algo. Só que nunca conseguimos esse volume de apoio, mas é algo que tá estruturado. Incluiremos também a surpreensificação com a divulgação que é feita nas redes sociais e tudo mais”, finaliza.