Modo escuro Modo claro

Carpe Diem, de Mário Faustino

Que faço deste dia, que me adora?

Pega-lo pela cauda, antes da hora

Vermelha de furtar-se ao meu festim?

Patrocinado

Ou colocá-lo em música, em palavra,

Ou grava-lo na pedra, que o sol lavra?

Força é guarda-lo em mim, que um dia assim

Tremenda noite deixa se ela ao leito

Da noite precedente o leva, feito

Escravo dessa fêmea a quem fugira

Por mim, por minha voz e minha lira.

     (Mas já se sombras vejo que se cobre

      Tão surdo ao sonho de ficar – tão nobre.

      Já nele a luz da lua – a morte – mora,

      De traição foi feito: vai-se embora.)

Adicionar um comentário Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Postagem anterior

Aero lança o EP Ímpeto: literatura alemã e rock alternativo, por Wonnack

Próximo Post

Tem Zine porreta com Piauiense no meio

Patrocinado