BALADA LITERÁRIA ANUNCIA PRÓXIMA HOMENAGEADA NO PIAUÍ

A Balada Literária se despediu ontem de mais uma edição com uma extensa e diversa programação realizada no período de 17 a 21 deste mês, que contou com oficinas, rodas de conversa, exibição de espetáculos, shows e documentários. E como de praxe, ao final de cada edição, são divulgados os nomes dos próximos homenageados. De acordo com Wellington Soares, curador do evento no estado, em 2022, a escolhida no Piauí será a poeta Marleide Lins, dada a importância de sua obra e o papel que exerce na cultura do país.

Marleide Lins de Albuquerque nasceu em São Paulo, em 1961. Reside em Teresina, onde foi agraciada com os títulos de cidadã teresinense e piauiense. É escritora e editora da AVANT GARDE EDIÇÕES. Membro-fundadora da ACAPP – Academia Piauiense de Poesia e da AJEB – Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – PI. Através da Avant Garde Edições, desenvolve projetos de pesquisa e registro editorial sobre a temática “Identidades e diversidade cultural”. Organizou várias publicações sobre literatura e gênero.

Pelo teor investigativo, científico e cultural da série “Identidades e diversidade cultural”, Marleide Lins recebeu as chancelas internacionais: Ano Brasil – Portugal / 2012 – 2013 e o Selo da Cultura Europeia – Projeto Europeu de Artes e Gestos Humanos – Gestart / 2014. Em 2016, a convite da “Associazone Global Solidarietà” e “Associazione Donne Senegalesi – Comune de Ravenna – Itália, 2016/2017, realizou pesquisa sobre “Movimentos migratórios e novas diásporas”, em Casas de acolhimento para refugiados. Entre dezembro de 2019 e março de 2020, realizou pesquisa sobre as transsexuais que migram para a Itália, a convite da instituição italiana “Terra Mia” e em parceria com a Associazione Libellula, de Roma. Em janeiro de 2020, lançou o livro de contos Ciclo di Archangelo Gabriella, nas cidades italianas de Ravenna, Viareggio e Roma. Em novembro de 2020 participou do Focus – Roma.

Publicou os livros: Sub-vivo, Sem plano e sem piloto, 8 para ela, Os sinos que dobravam em silêncio, Interno – externo, Plexo solar; Lirismo antropofágico e outras iscas minimalista e o livro de contos, Ciclo di Archangelo Gabriella. Em dramaturgia, escreveu as peças “Baile da Morte” e “Bay, Bay Baygon”, em parceria com Adalmir Miranda.

A escritora conta que recebeu a notícia da homenagem com muita alegria e recorda o início de sua trajetória na literatura. “Impossível é não fazer uma retrospectiva saudosa ao lembrar as palavras, ainda esqueléticas, de uma jovem de apenas 17 anos publicando o seu Sub-vivo, primeiro livro”.

Marleide ressalta também a importância da Balada Literária, idealizada e organizada em São Paulo por Marcelino Freire, enquanto projeto de resistência cultural na cena brasileira, especialmente nestes tempos de retrocesso e perdas.

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