O novo trabalho da banda Florais da Terra Quente é um reflexo de transformações pessoais e artísticas. Segundo os integrantes, o projeto começou a tomar forma a partir de músicas acumuladas ao longo do tempo. “Fomos percebendo que as músicas falavam sobre as mudanças que estávamos passando nas nossas vidas, mas não foi uma coisa planejada”, explicam.
O som do álbum também reflete essas mudanças. Mais pesado e denso, o disco traz letras carregadas e arranjos detalhados, contando com a participação de vários instrumentistas convidados. “Apesar de todo esse peso do amadurecimento, acho que a mensagem no final é de leveza, e de tentar encontrar a leveza no meio de todo esse peso que o envelhecimento trouxe pra gente”, compartilham.
Gravar o álbum foi um desafio à parte. Com apenas um mês para as sessões, o disco foi autoproduzido por dois integrantes da banda, Artur e Juscelino, durante um período de férias. Além disso, a gravação da bateria em 16 canais no estúdio de Filipi Souza trouxe aprendizado e uma nova perspectiva sobre produção musical.
Para a banda, o lançamento é um marco especial. “É muito difícil se dedicar em tempo integral à arte, e o apoio do público significa muito pra nós”, revelam. Esse disco também foi um espaço de experimentação, onde novas possibilidades e formatos foram explorados, resultando em um trabalho autêntico e feito do jeito deles.
A produção ficou a cargo da própria banda, sob a gravadora independente Polvo Elétrico Records, com forte influência da abordagem “do it yourself”. “Antes éramos muito preocupados com soar ‘perfeitos’ e agora estamos mais preocupados só com soar a nossa versão mais autêntica”, contam.
Sobre o futuro, a banda deixa no ar:
“Só sei que meu sonho seria fazer um show da discografia completa da Florais, no Teatro 4 de Setembro, com uma cenografia bonita e tocando os dois discos e os singles na ordem de lançamento. Quem sabe a gente não faça isso para um possível show de lançamento?”
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